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Homo Economicus

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:20/03/2019 às 08:02 - Atualizado 6 anos atrás
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O que é o Homo Economicus?

O Homo Economicus é um símbolo econômico cujo objetivo é apresentar uma interpretação do ser humano sob o ponto de vista da sua atuação racional na economia.

É, segundo o que se define no meio da pesquisa e da análise técnica, uma representação fragmentada.

O conceito humano expressado no Homo Economicus não se dedica a considerar outras vertentes da existência humana, como as suas motivações subjetivas (de onde derivam os comportamentos).

Pelo contrário, é analisado apenas no que tange à racionalidade econômica.

O atributo central do Homo Economicus é a capacidade de usar o raciocínio para consumir e produzir, criando uma dinâmica trama social em torno dos seus próprios interesses.

A teoria em torno do Homo Economicus remonta ao surgimento da própria Economia como ciência e é embasada por nomes de peso da disciplina já nos séculos XVI e XVII.

O que diz a teoria do Homo Economicus?

Nos estudos de Marketing, um dos primeiros conhecimentos da disciplina está atrelado à identificação do que se conhece como persona.

A persona é um personagem fictício, criado para representar o cliente ideal de um negócio. Ele é o alvo das campanhas e é composto por um mix de pesquisas que permitem identificar os gostos, o comportamento e todas as demais características intrínsecas do cliente, de modo a entendê-lo melhor e desenvolver um relacionamento preciso com ele.

Foco para o trecho que diz personagem fictício.

Perceba: a persona não é uma pessoa real, mas uma representação do ideal, da média perfeita e necessária para o Marketing.

O Homo Economicus segue o mesmo caminho, mas na Economia.

A teoria não serve para considerar todas as variáveis do ser humano, nem para indicar os seus atributos subjetivos ou psico-sociológicos. O seu objetivo é configurar uma representação do comportamento econômico palpável e racional - em outras palavras, o ideal.

O Homo Economicus é caracterizado por utilizar a atividade econômica para atingir sempre os seus próprios interesses. Para tanto, se evoca o pensamento descrito por Adam Smith em Riqueza das Nações: “Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles têm pelo seu próprio interesse”.

Nesse caso, não há espaço para qualquer senso de generosidade. O ser humano consome para saciar os seus desejos e produz apenas para o mesmo fim. O valor do que é comercializado, então, se define a partir das oscilações dentro dessa dinâmica de interesses.

Além disso, ele é extremamente estrategista e racional. Não há o que se falar, na mente do Homo Economicus, em agir guiado por emoções que contrariem o processo descrito no parágrafo anterior.

O seu desejo é acumular riquezas, de modo que o esforço para concretizar os seus interesses se torne cada vez menor. Aliás, evitar o trabalho e o esforço desnecessários é outro valor importante para este ser ideal.

Como a teoria do Homo Economicus é vista hoje em dia?

Por muito tempo, a teoria do Homo Economicus era um ponto central dentro do conhecimento econômico.

Contudo, com o passar do tempo, o desenvolvimento da Economia como ciência e a incorporação de outras disciplinas (como a Psicologia e a Sociologia), vê-se um amadurecimento da teoria econômica em direção a uma compreensão holística de como o ser humano age economicamente.

Prova disso é a difusão do que se conhece hoje como Finanças Comportamentais. A partir dela se entende que agimos muito mais de forma emocional em nossas decisões de consumo (a partir das heurísticas, por exemplo), do que da forma racional e prática concentrada no Homo Economicus.

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