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Hiperinflação: saiba o que é e qual sua consequência

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:26/02/2022 às 21:32 -
Atualizado 3 anos atrás
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O que é a Hiperinflação?

Hiperinflação é um conceito econômico derivado da inflação, que nada mais é que uma alta generalizada dos preços de modo geral.

Essa alta de preços pode ser contínua, aumentando sempre, ou pode acontecer durante um certo período apenas, alterando o nível geral dos preços de um patamar para outro.

Para alguns economistas, inflação acima de 50% ao ano já é considerada hiperinflação e seus efeitos são bastante desastrosos sobre todas as classes sociais.

É importante porém não confundir inflação com mudança nos preços relativos, que é um processo diferente, pois nesse segundo caso ocorre um aumento de apenas um setor e não da economia como um todo.

O que origina a hiperinflação?

A hiperinflação é um estudo bastante recente da teoria econômica, tendo sua origem no descontrole da demanda agregada e da oferta agregada.

Uma das principais causas que deu origem aos processos hiperinflacionários do século XX foi o abandono do padrão-ouro e as subsequentes emissões monetárias sem lastros.

Para entender isso, vamos exemplificar o padrão-ouro de forma fácil. Imagine que para cada R$ 1,00 emitido pelo Banco Central ele precise ter 1g de ouro em reservas.

Ou seja, se não houvesse ouro não haveria emissão monetária. Logo, a inflação seria controlada pela escassez do ouro, fazendo com que não houvesse processo inflacionário e nem estudos sobre o tema.

Com o abandono desse padrão, alguns países passaram a emitir papel moeda de forma descontrolada e o excesso de dinheiro na economia fez aumentar a demanda agregada sem que a oferta agregada conseguisse acompanhar essa expansão, o que gera como consequência o aumento contínuo de preços.

Consequências da hiperinflação

As consequências da hiperinflação são bastante cruéis para a sociedade, principalmente para as classes mais baixas da população que não tem como criar uma proteção patrimonial.

Afinal, ao perder o poder de compra, a moeda eleva os custos nominais, pois como os salários não são reajustados na mesma proporção e nem de forma antecipada, a hiperinflação acaba impondo custos elevados e desiguais para a economia, construindo um imposto adicional (também conhecido como imposto inflacionário).

Dessa maneira, a inflação pode acarretar a transferência de renda de maneira injusta para alguns agentes da economia, como por exemplo, em um contrato futuro que não contemple a taxa da inflação esperada. Nesse caso o credor estaria sendo lesado, pois teria o seu pagamento corroído pela inflação.

Hiperinflação e desemprego

Uma questão bastante debatida que abrange o estudo da hiperinflação é o emprego. No sentido lógico, uma economia com pleno emprego e alta remuneração dos agentes tenderia a ser hiperinflacionária.

Isso pelo fato de a demanda agregada ser absolutamente maior que a oferta agregada, forçando os preços para cima.

No sentido oposto, uma alta na taxa de desemprego deveria diminuir a demanda agregada, fazendo com que o nível de preços baixasse.

Essa é uma questão bastante controversa e que conta com a estagflação para encorajar ainda mais o debate sobre o tema, por contradizer a Curva de Phillips.

Afinal, o que explicaria uma economia em recessão e, portanto, com demanda desaquecida, a ter um aumento de preços?

Nesse sentido, embora no século XXI a inflação esteja controlada no Brasil, temos casos como a Venezuela que atravessa um processo hiperinflacionário seguido de uma alta taxa de desemprego, que ainda precisam ser estudados.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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