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Heurística: o que significa, qual sua importância e seus tipos

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:27/02/2022 às 05:30 - Atualizado 3 anos atrás
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O que significa heurística?

Derivada da palavra grega “heuristiké”, a heurística é a capacidade de descobrir e inventar.

Assim, representa a forma como o ser humano simplifica o entendimento de questões complexas, seja porque precisa decidir a partir de informações incompletas ou porque se encontra em situações de incerteza.

Chamado também de “atalho mental”, ele ocorre de forma inconsciente e intuitiva, baseando-se em elementos como a experiência, o modo de pensar, a criatividade e a imaginação.

Longe de ser uma solução ideal, permite se alcançar um objetivo imediato, seja por meio de uma regra geral ou mesmo do bom senso.

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Qual a importância da heurística?

Os psicólogos Amos Tversky e Daniel Kahneman tornaram a heurística mais conhecida nas décadas de 70 e 80. Entretanto, quem começou a pesquisar o assunto foi o economista e vencedor do prêmio Nobel de Economia de 1978, Herbert Simon.

Ele tentava entender porque o ser humano chegava a uma solução boa o suficiente ao invés de buscar a melhor solução. Isso faz cair por terra o conceito de homo economicus, ou a pessoa que sempre decide pelo que lhe oferece maior benefício econômico.

Quais os principais tipos de heurística?

  • Reconhecimento: uso da memória para o reconhecimento de fatos e situações. Assim, o ser humano decide com base no que conhece;
  • Take the best: a decisão é tomada considerando um único motivo (one reason);
  • Tallying ou trade-off: todas as alternativas possuem o mesmo peso. Na Tallying, por sua vez, a diferenciação ocorre pela alternativa que apresentar o maior número de pistas que a indicam como sendo a melhor escolha;
  • Julgamento: decisão tomada em função do contexto dado (enquadramento);
  • Afeto: as crenças e simpatias definem as suas escolhas, sendo que essas afetam a capacidade de julgamento;
  • Disponibilidade: a decisão é tomada com base na facilidade que alguém possui de se lembrar de um exemplo concreto, achando que ele se repetirá no futuro;
  • Representatividade: quando do uso da intuição, chega-se a uma decisão equivocada;
  • Avaliabilidade: diante de uma determinada situação, uma decisão é tomada. Considera os elementos conjuntamente, o que traz um resultado diferente do que se cada elemento fosse selecionado individualmente.

Quais são os principais atalhos mentais de um investidor?

No campo da psicologia, a heurística inclui regras simples para explicar como as pessoas decidem, julgam e resolvem problemas complexos. Apesar de funcionar para boa parte dos casos, leva à repetição de erros.

Entre os vieses comportamentais (atalhos mentais) encontrados nos investidores estão:

  • O “Efeito Manada”: as “bolhas” de ativos são alimentadas porque as pessoas se sentem mais confortáveis quando agem em grupo;
  • O hábito: o ser humano não gosta de mudanças e prefere as coisas como elas estão;
  • A confiança excessiva: o ser humano acredita que basta formular um plano para que tudo ocorra conforme o previsto;
  • A confirmação: quando o ser humano só considera as informações que validam o seu pensamento, não fazendo um julgamento isento da situação ou dos riscos envolvidos;
  • A perda: as pessoas de um modo geral não conseguem assimilar o fato de que são falíveis;
  • O “Efeito Dotação”: um investidor acha que o que ele possui vale mais do que os outros estão dispostos a pagar. Ao se recusar a se desfazer de algo, ele deixa outras oportunidades melhores passarem;
  • A ancoragem: uma referência de preço que indica o quanto algo está barato ou caro. Não leva em conta os critérios que definem o valor justo de um ativo, tais como fundamentos econômicos e o negócio em si;
  • A Contabilidade do Investidor: ele divide seu dinheiro em compartimentos em vez de ter uma visão de “carteira”. Assim, dívidas são contraídas para que não haja o resgate das aplicações;
  • A “Falácia de Monte Carlo”: quando existe uma dificuldade de se entender como os fatores são influenciados uns pelos outros; ou seja, a sua interdependência para se prever a ocorrência de eventos futuros.
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