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Goal-Based Investing

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:27/03/2019 às 08:07 - Atualizado 5 anos atrás
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O que é o goal-based investing?

Goal-based investing (ou investimento baseado em metas, em tradução livre) é uma estratégia de gestão patrimonial que, focada na conquista dos objetivos pessoais dos investidores, cria portfólios de investimento específicos e direcionados.

A principal função do goal-based investing é auxiliar o investidor a enxergar as suas aplicações não apenas através de métricas (altas, baixas, desempenho de índices etc.), mas como um meio para alcançar as suas metas. Aqui, quão mais perto ou mais longe ele te coloca delas é o parâmetro principal.

Atualmente, algumas companhias de Wealth Management já assumem essa abordagem. No período de diagnóstico, além de descobrir dados pessoais gerais sobre o cliente (idade, profissão, configuração familiar), os profissionais também visam entender o seu propósito em áreas que não estão diretamente ligadas ao universo financeiro.

A casa que se deseja comprar e a grande viagem ao redor do mundo, por exemplo, se tornam fatores decisórios incrivelmente importantes.

O goal-based investing tem se popularizado desde a crise econômica de 2008, como um novo enfoque do investidor a respeito da sua estratégia de enriquecimento.

A rentabilidade (e todos os números ligados a ela) ainda é importante, mas o que se deseja realizar com ela, percebe-se agora, pode ser muito mais.

Como o goal-based investing funciona?

Por que você investe (ou pensa em investir)?

Você já parou para pensar nisso? Nós sabemos que enriquecer é o plano de um grande número de pessoas. Mas a verdade é que, não raro, elas não têm clareza a respeito do que isso significa.

“Ser rico” é um conceito por demais subjetivo: o que significa para um, não necessariamente significa para outro.

Então aí vai outra pergunta: o que ser rico significa para você?

Pode ser ter uma casa quitada em seu nome, a aposentadoria precoce ou a liberdade de viajar ao redor do mundo pelo tempo que quiser. Pode ser tudo isso. Mas, a não ser que você ganhe na loteria ou receba uma pomposa herança, dificilmente vai ser tudo isso ao mesmo tempo.

Pelo contrário, será necessário construir um patrimônio e definir prioridades.

Para você é mais importante agora comprar um imóvel ou sair de mochila com destino a um novo país? Criar a sua empresa ou se especializar na sua área para ser promovido?

Cada uma dessas escolhas pedirá por recursos diferentes em prazos diferentes. É como aprender um novo idioma: não é possível adquirir fluência em Inglês,

Espanhol, Francês, Mandarim e Russo de uma única vez. Nem os poliglotas conseguem.

O que se faz é escolher a sua prioridade e se dedicar a ela até alcançá-la, sem perder os outros interesses de vista (ou abandoná-los por completo).

No goal-based investing, o princípio é semelhante.

Ao definir quais são os seus objetivos, são traçados planos para alcançá-los. Não é que os demais sejam esquecidos: no entanto, se entende que o que é mais importante para você deva ser o norte dos seus investimentos.

Se o seu intuito é viajar em 2022, o seu capital precisa aportar esse acontecimento até 2022. Não adianta adotar uma estratégia de longo prazo (pensando em 20 anos, por exemplo). Você acabará frustrado.

Da mesma forma que, se o alvo for construir uma casinha amarela com cercas brancas e jardim onde a sua família viverá por décadas a fio, arriscar todo o seu patrimônio em um investimento de alto risco e curto prazo parece imprudente.

Não é ruim para todo mundo, entenda. É ruim para você e para suas intenções.

Como as companhias estão se adequando ao goal-based investing?

As companhias mais afetadas por essa mudança de enfoque são as ligadas ao Wealth Management.

Especialistas na gestão patrimonial e na construção de portfólio, os seus gerentes se dedicam agora a oferecer estratégias com um foco maior nos propósitos individuais do investidor.

Rentabilidade ainda importa. Taxas, custos e índices também. O goal-based investing não passa por desconsiderá-los na mensuração do sucesso do investimento.

No entanto, o que as companhias começam a entender é que isso não é o suficiente para determinar se um investidor acabará frustrado com o patrimônio construído ou não.

Como ser humano, a vida real que gira em torno dos números e dos cálculos sempre pesa muito mais.

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