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Fundos de recebíveis

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:04/08/2021 às 05:22 - Atualizado 3 anos atrás
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O que são fundos de recebíveis?

Os fundos de recebíveis são um tipo de fundo de investimento imobiliário. Majoritariamente, o portfólio desses fundos é composto por títulos desse mesmo setor. De acordo com a ANBIMA (Associação Brasileira de Mercados Financeiros), no mínimo dois terços do patrimônio desses fundos deve ser alocado em títulos — e valores — mobiliários.

Esses fundos também são chamados de fundo de papel justamente porque aplicam em papeis relacionados ao setor imobiliário. Por outro lado, os fundos que aplicam somente nos imóveis físicos são conhecidos como fundos de tijolos. Aqui, vale ressaltar que um terço do patrimônio do fundo pode ser aplicado em outros tipos de ativos — como ações de empresas do setor de imóveis ou cotas de outros fundos.

Como os fundos de recebíveis funcionam?

Como os fundos de recebíveis são um tipo de Fundo de Investimento Imobiliário (FII), o seu funcionamento acontece de uma maneira bem parecida com os demais fundos imobiliários. Eles, no geral, funcionam como uma reunião de investidores que estão interessados em fazer aplicações em imóveis ou títulos relacionados a esse setor.

A única particularidade é que eles aplicam em valores e títulos mobiliários e não em imóveis físicos propriamente ditos. Com esse investimento em fundos imobiliários no geral, o investidor pode ter rendimentos de três formas diferentes:

  • por meio da distribuição mensal de dividendos — em que é possível usar os dividendos para reinvestir ou como uma espécie de salário;
  • com a valorização das cotas — que acontece quando o fundo apresenta uma boa performance e os ativos são bem avaliados;
  • por meio da dissolução do fundo — que ocorre quando o fundo vende todos os seus ativos e divide os valores entre os cotistas.

Quais são as vantagens e as desvantagens dos fundos de recebíveis?

Uma das maiores vantagens no investimento em fundos de recebíveis é a diversificação para a carteira de investimentos que eles oferecem. Além disso, o investidor pode ter um retorno melhor do que se investisse em algumas opções de renda fixa. O fato de serem isentos do Imposto de Renda completa os benefícios desse tipo de investimento.

Como uma das maiores desvantagens está o risco, já que esses fundos especificamente são uma alternativa de aplicação de renda variável — em que as cotas podem ser compradas de maneira similar às ações no home broker. Isso significa que, apesar do investimento ser feito em renda fixa, corre-se o risco do fundo levar calote nos títulos e dos preços das cotas oscilarem.

Ainda falando em desvantagens, outra delas é que alguns desses fundos tem indexação direta ao CDI. De uma forma mais simples, significa que quando a Selic está baixa, o desempenho do fundo em questão pode ser ruim — já que o CDI fica próximo dela. Outro ponto de atenção é o fato de que é difícil notar a valorização do patrimônio dos fundos de recebíveis, já que eles são obrigados a distribuir 95% dos seus lucros totais.

Como é composta a carteira dos fundos de recebíveis?

A carteira dos fundos de recebíveis precisa ser composta principalmente por títulos relacionados ao setor de imóveis. Sendo assim, alguns exemplos desse tipo de fundo são o VRTA11, HGCR11, o KNCR11 e o MXRF11 — mesmo que esse último não seja uma boa indicação de investimentos.

Os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) são um dos tipos de títulos mais utilizados nos fundos de recebíveis. Eles são emitidos pelas empresas financeiras e seu objetivo maior é o de captar recursos para financiar atividades imobiliárias. São bastante utilizados por construtoras de edifícios residenciais para que elas não precisem depender da venda dos imóveis para ter recursos para a construção em si.

Já as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) são emitidas por empresas financeiras com a intenção de levantar recursos que serão destinados ao setor imobiliário posteriormente. A vantagem de ter esses títulos na carteira dos fundos de recebíveis é que eles contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e são isentos de Imposto de Renda.

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