Fordismo
O que é Fordismo
Fordismo é o sistema de produção em massa, por meio de linhas de produção, que foi criado por Henry Ford, em 1913.
Esse sistema é um exemplo da tendência de racionalização da Economia que marcou o século XX, no qual a cultura de massa explodiu, inclusive no âmbito do consumo.
Surgimento e declínio do Fordismo
Em Janeiro de 1914, Henry Ford introduziu em sua fábrica a primeira linha de montagem automatizada. O primeiro veículo produzido nesse sistema foi o famoso Ford T, conhecido no Brasil como Ford Bigode.
Uma importante base para sua iniciativa foi o Taylorismo, um modelo de administração voltado ao aumento da eficiência operacional, desenvolvido anteriormente por Frederick Taylor. E, realmente, por meio da linha de produção, Ford desejava reduzir os custos de maneira que os carros se tornassem mais acessíveis e todos pudessem ter um.
A grande inovação de Ford, então, foi pensar em um modelo no qual o carro passava pela fábrica em uma esteira, enquanto os operários ficavam parados, cada um executando apenas uma tarefa específica.
Esse formato se contrapõe fortemente ao modelo anterior, em que um mesmo operário podia realizar inúmeras tarefas na produção. Com o modelo de Ford, reduzia-se o gasto de tempo com movimentação dos operários e tornava-se desnecessário contratar funcionários realmente qualificados.
O ganho de eficiência com o Fordismo era impressionante, permitindo que a Ford produzisse mais de 2 milhões de carros por ano durante a década de 1920.
Apesar de ter surgido na indústria automobilística, o Fordismo veio a ser adotado extensivamente por vários segmentos. Seu ápice aconteceu durante o pós-2ª Guerra Mundial, nos anos dourados da História do Capitalismo. A partir da década de 1970, especialmente com inovações criadas pela General Motors e pela Toyota, ele entrou em declínio.
Pode-se dizer que o fim definitivo do Fordismo aconteceu em 2007, quando a Toyota e seu modelo de produção, o Toyotismo, conquistaram o primeiro lugar entre as montadoras de veículos.
Princípios do Fordismo
Como todo modelo de produção, o Fordismo se apoia em alguns princípios. Nesse caso, são três: intensificação, economicidade e produtividade.
O princípio da intensificação diz respeito a intensificar a produção, reduzindo o tempo para que o produto chegasse ao mercado. Com a implementação da linha de montagem, um carro – que antes levava mais de 12 horas para ficar pronto – só precisava de 2 horas e 30 minutos para ser montado.
O princípio da economicidade diz respeito a reduzir o custo de produção. Uma das medidas de Ford para isso era que todos os carros tivessem a mesma cor, preto.
O princípio da produtividade diz respeito a aumentar o volume de produção, fazendo o maior número de produtos no menor tempo possível. Para isso, a especialização dos trabalhadores em uma única tarefa, que eles conseguiam executar em questão de minutos ou até segundos, era essencial.
Críticas ao Fordismo
Apesar da inegável importância do Fordismo para o capitalismo e a História da Economia, hoje são feitas várias críticas a esse modelo. Vamos descobrir algumas das principais.
A primeira grande crítica diz respeito ao impacto do Fordismo na relação entre o operário e seu trabalho.
Como já foi dito, cada funcionário executava apenas uma única tarefa, várias e várias vezes. Com isso, ele se afasta do fruto do seu trabalho e perde o propósito. Foi uma verdadeira mecanização do homem. Chaplin retratou esse processo em uma de suas obras mais famosas, Tempos Modernos.
A segunda grande crítica diz respeito à inflexibilidade do modelo. Ele permite produzir um mesmo tipo de produto em grande quantidade, mas não atender a demandas diferenciadas. Ou seja, muitas expectativas dos consumidores não podem ser realizadas por meio do Fordismo.