Finanças climáticas: saiba o que são e como funcionam
O que são finanças climáticas?
As finanças climáticas, também conhecidas como financiamento climático, têm usos que são mais amplos e outros que mais restritos. No primeiro caso, elas se referem a uma empresa que usa tecnologia ou instituições financeiras para promover a causa da sustentabilidade ambiental — como o desenvolvimento ou a implantação de novos painéis solares ou outras fontes de energia renovável em suas sedes.
Já no seu uso mais restrito, as finanças climáticas se referem à transferência de capital de países desenvolvidos para os que estão em desenvolvimento. Esse processo tem como base a adesão de cada país aos acordos internacionais relacionados ao tema, como é o caso do Acordo de Paris, de 2016.
Qual é o principal conceito das finanças climáticas?
O conceito das finanças climáticas remetem à mudança climática, que é a progressão de longo prazo dos padrões no clima do mundo. Essas mudanças são relacionadas às atividades humanas, como o uso de certos recursos não renováveis — os combustíveis fósseis, por exemplo.
Uma vez que são queimadas, essas fontes de energia ajudam a elevar a temperatura da Terra porque liberam gases de efeito estufa na atmosfera. As finanças climáticas são uma das formas que tanto os países como instituição quanto cada indivíduo têm para ajudar a combater essas mudanças referentes ao clima.
Em um sentido mais geral, esse conceito se refere a qualquer tipo de financiamento específico usado para combater as mudanças climáticas. Aqui, é interessante pontuar que as finanças climáticas normalmente ocorrem em 3 níveis — municipal, nacional e internacional — e vêm de fontes públicas e privadas variadas.
Quem são os maiores contribuintes para as finanças climáticas?
Várias instituições financeiras, assim como diversas tecnologias, têm desempenhado um papel essencial na facilitação dessa mudança na infraestrutura global de energia. Como exemplos de como as finanças desempenham um papel importante nesse processo, é possível citar o uso de:
- mercados financeiros para precificar commodities de energia;
- mercados de derivativos para proteção;
- câmbio de riscos relacionados a preços de energia;
- bolsas de valores e outros veículos de investimento para facilitar o acesso a empresas de energia renovável;
- bancos — e outros intermediários — para transferir capital ao exterior.
Como citado anteriormente, o termo em questão também tem um significado mais restrito. Nesse sentido, está relacionado à questão de como os países desenvolvidos devem apoiar os que estão em desenvolvimento na transição para o uso de fontes de energia e outras tecnologias mais limpas. Essas discussões são trazidas à tona frequentemente e levantam uma série de questões que podem ser interpretadas como moralmente ambíguas.
Quais são os principais debates acerca das mudanças e das finanças climáticas?
Os debates em torno das mudanças climáticas se tornaram frequentes nos últimos anos. Não só isso, estão cada vez mais difíceis quando se busca encontrar a definição exata de um país em desenvolvimento e determinar a responsabilidade de cada um deles pelas emissões de carbono.
Os Estados Unidos, por exemplo, deveriam fornecer subsídios à China pelo fato de uma das rendas per capta ainda ser muito inferior à outra? Muitos estadunidenses provavelmente considerariam essa hipótese politicamente inaceitável e rapidamente citariam o desenvolvimento avançado da China nos últimos anos.
As discussões políticas acerca das finanças climáticas também podem ser controversas em relação a quais investimentos devem ser considerados elegíveis para financiamento nos programas específicos para esse fim e quais não devem. Alguns argumentariam, por exemplo, que a educação infantil deveria ser financiada porque isso reduziria o crescimento populacional — e consequentemente, ajudaria a reduzir as emissões de gazes que favorecem o efeito estufa.
Outros podem, no entanto, querer restringir as iniciativas dos financiamentos climáticos a apenas projetos com uma associação mais direta às mudanças climáticas e que sejam de curto prazo. Aparentemente, não há um consenso sobre o assunto em questão.