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Filantropia

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:17/01/2020 às 06:37 - Atualizado 5 anos atrás
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O que é Filantropia

Filantropia é o ato de realizar doações de dinheiro, bens ou trabalho em prol de uma causa. O termo vem do Grego; filos significa amor e tropos significa Homem. Portanto, trata-se de uma ação movida pelo "amor à Humanidade".

O contrário de Filantropia é Misantropia.

Entidade Filantrópica

 

A maneira encontrada por muitos para realizar a filantropia é instituindo uma entidade filantrópica. Essas entidades são pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, cujo objetivo é prestar assistência social. Elas podem ser isentas de tributação.

É importante destacar que, enquanto toda entidade filantrópica é uma ONG, nem toda ONG é uma entidade filantrópica.

Outro fato importante é que as entidades filantrópicas podem realizar atividades que gerem receita. Porém, essa receita não pode ser embolsada pelas pessoas por trás da entidade. Em vez disso, deve ser reinvestida para manutenção da entidade e revertida para suas atividades.

Filantropia empresarial

Falamos em filantropia empresarial, ou filantropia corporativa, quando uma empresa toma a iniciativa de realizar contribuições para uma causa. É importante lembrar que essa contribuição não precisa ser, necessariamente, na forma material; em alguns casos, as empresas formam grupos de colaboradores que dedicam tempo para apoiar uma entidade filantrópica ou realizar ações independentes junto à comunidade.

Também vale a pena diferenciar a filantropia empresarial da responsabilidade social da empresa.

A responsabilidade social refere-se a entender o papel da empresa no contexto mais amplo da sociedade e lidar com as consequências de sua própria ação. Por exemplo, é responsabilidade social avaliar o impacto das atividades da empresa na geração de renda da comunidade ao seu entorno.

Por outro lado, a filantropia empresarial refere-se a causas que podem não ter nenhuma relação direta com a empresa. Está mais ligada a valores morais das pessoas que compõem a organização. Por exemplo, uma empresa pode realizar ações de filantropia para ajudar pessoas que perderam a casa em um furacão em outro país, desde que isso esteja alinhado com os valores da organização.

Existem incentivos fiscais para as empresas que praticam filantropia. Em outras palavras, se uma empresa realiza contribuições para uma causa (especificamente, contribuições financeiras), ela pode ter uma alíquota reduzida ou até isenção em certos tributos.

Grande Filantropia

Grande Filantropia, ou Big Philanthropy, é um tema que vem ganhando atenção de estudiosos preocupados com seus efeitos. Esse termo refere-se à filantropia em grandes proporções exercida por membros da camada mais rica da sociedade. Um dos casos mais exemplares é o de Bill Gates, conhecido por doações bilionárias e pelo trabalho da Bill and Melinda Gates Foundation.

À primeira vista, essas grandes contribuições para causas sociais podem parecer algo positivo. No entanto, especialistas afirmam-se que trata de mais uma forma de exercício de poder pelos mais ricos. Ao fazer essas contribuições, eles determinam quais causas ganham mais força e mais visibilidade; muitas vezes, são as causas que servem aos seus próprios interesses, em vez daquelas que atendem às necessidades mais urgentes da sociedade.

Além disso, outro problema é que a criação de entidades filantrópicas garante a esses grandes detentores de riqueza uma forma de escapar à tributação, sem precisar prestar contas de suas ações. Afinal, existe pouca ou nenhuma fiscalização do que tais entidades fazem. Assim, um indivíduo com muitos recursos pode criar uma fundação em seu nome e colocar seu dinheiro nela, ficando isento de vários tributos que normalmente deveria pagar, sem realizar nenhuma ação filantrópica de verdade.

Para completar, em muitos casos, aquele que faz a doação determina como o dinheiro deve ser utilizado. Por isso, mesmo que ele vá para a entidade certa, pode não ser empregado da forma mais eficiente.

Críticos da "grande filantropia" afirmam que esse dinheiro não deveria estar nas mãos de entidades filantrópicas. Em vez disso, o ideal seria que os mais ricos pagassem impostos, levando recursos para o Governo que, então, utilizaria esses recursos para as reformas sociais necessárias, de uma forma mais legalizada e transparente.

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