FAANG: saiba o que é e como funciona
O que é o FAANG?
É chamado de FAANG o grupo de empresas formado por Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google - cinco companhias que dominam o mercado da tecnologia e são tidas como representantes de, não somente um novo cenário econômico, como também nas relações de consumo e no comportamento social globalizado.
Obviamente, a influência que cada uma dessas empresas possui, seja oferecendo entretenimento, eletroeletrônica ou soluções no varejo, garante a elas uma valiosa base de clientes. Esse fato, aliado à perspectiva de fortalecimento e expansão da dependência à tecnologia por parte da população, atrai a atenção ao FAANG. Ao longo das últimas 2 décadas, todas as companhias passaram por uma abertura de capital, aumentando continuamente o seu valor de mercado até chegar a níveis trilionários (como é o caso da Apple e da Amazon, por exemplo).
Além de seu papel representativo no mercado de ações, o FAANG também é reconhecido como referência em seus respectivos modelos de negócios. A inovação e a excelência em seus processos internos, elaboração de produtos, relacionamento com o cliente e valorização da cultura organizacional são estudados e replicados em diversas redes acadêmicas e companhias ao redor do mundo.
Quais são as empresas que compõem o FAANG?
Ao começar o dia, o indivíduo verifica a hora em seu iPhone. Atrasado, decide checar rapidamente no Google a previsão do tempo para escolher uma roupa adequada e, já com o celular em mãos, procrastina um pouco no Facebook, Instagram ou Whatsapp. Para sermos sinceros, às vezes nos três, seguindo um ciclo quase automático.
Ao voltar para casa, após o trabalho, percebe que precisa de um novo eletrodoméstico para a cozinha e procura pelas opções disponíveis no Google, caindo por sua vez, numa das ofertas da Amazon. Decidido a descansar e relaxar um pouco, ele clica na sua série favorita do momento na Netflix.
Talvez a sua rotina não seja exatamente a desse exemplo, mas temos certeza de que você fez alguma dessas coisas hoje:
- Acessou o Facebook, rolou o Feed do Instagram ou respondeu algumas mensagens (da sua mãe, do seu chefe ou do seu melhor amigo) no WhatsApp;
- Acessou a internet através do seu iPhone, iPad…
- Procurou por um nova compra na Amazon ou leu algo no Kindle;
- Assistiu a um filme ou uma série na Netflix (ou pensou no que assistirá assim que encontrar tempo livre);
- Realizou uma pesquisa no Google (aliás, talvez tenha sido através da ferramenta de busca que você tenha encontrado este artigo).
Como sabemos disso? Bom, porque esse é um comportamento mundial. Qualquer um que tenha acesso a internet inevitavelmente se depara com algum desses produtos.
E é justamente essa onipresença tecnológica do FAANG que permitiu, inclusive, que a sigla fosse criada.
Essas empresas são tidas como representantes da nova ordem econômica mundial e extremamente eficientes na fidelização. Diferentemente dos bens físicos, elas possuem uma vida útil quase infinita: você não “compra” o Facebook uma única vez e o vê se depreciar com o uso - pelo contrário, você poderia passar horas do seu dia consumindo conteúdo e ainda haveria mais a se consumir (sendo que é justamente com esse acesso contínuo que a empresa lucra).
Mesmo aquelas que comercializam produtos físicos, como a Amazon e a Apple, se especializaram na diversificação e no oferecimento de serviços e experiências que mantenham o cliente fidelizado e entretido.
Como veremos a seguir, nada disso é por acaso. Na verdade, parte de estratégias bem aplicadas interna e externamente.
Como as empresas componentes do FAANG prosperaram?
Como já te contamos lá na primeira seção, todas as companhias da FAANG são empresas de capital aberto. Com exceção da Apple, todas as outras não distribuem dividendos e ainda possuem um crescimento expressivo ao longo dos anos no valor das ações, negociadas diretamente na Bolsa de Valores de Nova Iorque e no Brasil através dos BDRs.
Como isso é possível? A verdade é que o FAANG partilha de algumas características organizacionais que fazem com que os seus investidores enxerguem as ações como excelentes ativos de valorização a médio e longo prazo. São eles:
- Culturas organizacionais alinhadas ao produto comercializado;
- Equipes fortes, formadas pelos melhores profissionais de cada área;
- Atenção obsessiva à experiência do cliente;
- Capacidade de antecipar tendências, desenvolvendo previamente tecnologia suficiente para dominar novos mercados.