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Excedente do Consumidor

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:30/09/2019 às 08:16 - Atualizado 5 anos atrás
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O que é excedente do consumidor?

O excedente do consumidor é um dos componentes do excedente econômico, conceito que ganhou popularidade com o economista inglês Alfred Marshall.

Resumidamente falando, ele é o ganho financeiro obtido pelo consumidor quando ele compra um bem ou um serviço por um preço abaixo do qual estava disposto a pagar.

Para os economistas, mais importante do que o valor em si, é a sensação de bem-estar que esse fato gera. Quanto mais disseminada ela for, maior a propensão ao consumo na sociedade, o que impacta positivamente no crescimento econômico.

Qual a premissa do excedente do consumidor?

O excedente do consumidor parte da premissa de utilidade marginal, que representa o nível de satisfação de uma pessoa ao consumir uma unidade adicional de um determinado bem ou serviço.

Essa utilidade depende das preferências individuais mas, a grosso modo, quanto mais uma pessoa possui, menos ela estará disposta a gastar em uma unidade adicional (utilidade marginal decrescente).

Isso pode ser observado na representação gráfica abaixo, onde a curva de demanda é a linha rosa e o excedente do consumidor é a área em destaque:

Como Alfred Marshall explica o excedente do consumidor?

Na sua obra “Princípios de Economia”, Alfred Marshall usa como exemplo um consumidor de chá.

Ele está disposto a pagar 20 shillings (unidade monetária) por um pacote de uma libra (aprox. 500g) de erva para chá. Ao chegar ao mercado, esse consumidor percebe que o preço é de 14 shillings. Ele então decide comprar 2 pacotes de chá.

Para Marshall, mesmo que o valor de 14 shillings seja o máximo que o consumidor esteja disposto a pagar pelo segundo pacote de chá, ele ainda obteve uma satisfação adicional na forma de 6 shillings.

Dito de outra forma, sua utilidade equivale a:

  • 20 shillings no primeiro pacote de chá;
  • 14 shillings no segundo pacote de chá.

Conclui-se então que ele pagaria 34 shillings por dois pacotes de chá. Como ele pagou 28 shillings, seu benefício foi de 6 shillings.

O raciocínio continua e, dessa vez, contempla um preço de 10 shillings por pacote de chá. Se o mesmo consumidor compra 2 pacotes a esse preço, seu excedente passa para 14 shillings, representado por:

  • O quanto estaria disposto a pagar: 20 shillings no primeiro pacote + 14 shillings no segundo pacote;
  • O valor total da sua compra: 2 pacotes de chá a 10 shillings cada.

Caso comprasse 3 pacotes, seu benefício econômico também seria de 14 shillings, considerando:

  • O quanto estaria disposto a pagar: 20 shillings no primeiro pacote + 14 shillings no segundo pacote + 10 shillings no terceiro pacote;
  • O valor total da sua compra: 3 pacotes de chá a 10 shillings cada.

Pelo exemplo apresentado, percebe-se que:

  1. O excedente do consumidor nunca diminui, mesmo que ele decida por levar mais pacotes de chá;
  2. O excedente do consumidor aumenta conforme o preço cai e vice-versa.

Qual a diferença entre o excedente do consumidor e o excedente do produtor?

Excedente do consumidor

Como demonstrado aqui, o excedente do consumidor é a sensação de bem-estar de um indivíduo quando efetua uma compra por um valor abaixo do que estava disposto a pagar.

Esse conceito parte do pressuposto de que os consumidores são racionais. Portanto, fazem as suas compras com um valor determinado em mente.

Excedente do produtor

O excedente do produtor é o outro elemento do excedente econômico. Ele é o lucro do produtor; ou seja, seu benefício financeiro quando vende por um preço acima do que estava disposto a ofertar.

O produtor também é um agente racional. Ele possui uma estrutura de gastos ao disponibilizar bens e serviços, o que lhe dá um preço mínimo de venda. Negociando abaixo dele, ele simplesmente encerra as suas atividades.

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