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Euronext

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:16/04/2019 às 22:47 -
Atualizado 6 anos atrás
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O que é a Euronext?

A bolsa de valores europeia Euronext surgiu no ano de 2000 a partir da fusão das bolsas holandesa, francesa e belga. Nos anos seguintes, adquiriu a bolsa de valores portuguesa e a bolsa de opções e futuros inglesa (LIFFE), passando a negociar também índices, fundos de índices, títulos de renda fixa, derivativos e commodities.

Depois de ter as suas atividades fundidas com a NYSE, bolsa de valores de Nova Iorque, em 2007, foi comprada pela Intercontinental Exchange seis anos depois. Em 2014, com o spin-off (desmembramento de uma unidade de negócios) por meio de uma oferta pública de ações, a Euronext voltou a ser uma bolsa independente.

Fruto do processo de consolidação que ocorreu entre as bolsas, ela se tornou responsável pela listagem de 1.300 empresas, alcançando uma capitalização de mercado de 3 trilhões de euros. Com sua sede em Amsterdã, é a principal bolsa do continente e a sexta maior do mundo.

Quais são alguns dos diferenciais da Euronext?

Além de oferecer um ambiente completo de bolsa, com meios de acesso ao mercado, negociação de vários ativos financeiros, venda de dados de mercado e disponibilização de sistemas tecnológicos, a Euronext promove empresas menores por meio de dois programas:

  • Alternext: equivalente ao Bovespa Mais da B3, oferece regras simplificadas de listagem para empresas de pequeno porte;
  • Enternext: linhas de crédito e divulgação para as 750 empresas de pequeno e médio porte que fazem parte do segmento.

Quais os fatores que levaram à consolidação de bolsas como a Euronext?

O processo de consolidação entre bolsas internacionais pode ser atribuído a 2 movimentos distintos: a consolidação antes da crise de 2008 e a consolidação após a crise de 2008.

Antes da crise

Avanços na comunicação de dados e menos exigências regulatórias mudaram a forma como os agentes financeiros interagiam entre si.

O antigo pregão viva-voz, com operadores gritando alucinadamente, foi substituído por sistemas eletrônicos que transmitiam e consolidavam as ordens, executando-as mais rapidamente.

Tendo que investir em sistemas, as bolsas passaram a se fundir, para diluir os custos de implantação, ou a comprar as empresas que dominavam a tecnologia. Com as novas funcionalidades, os recursos passaram a ser transferidos com mais facilidade, internacionalizando a alocação de ativos e a constituição de carteiras de investimentos.

Entendendo essa nova dinâmica, as bolsas buscaram nos seus pares em outras partes do mundo a oportunidade para alavancar as suas atividades e complementar as suas receitas. Enquanto isso, empresas com soluções tecnológicas semelhantes formavam as suas plataformas eletrônicas ou se juntavam a grupos de bancos e investidores.

Com o aumento da concorrência, as bolsas, que funcionavam como um “clube de corretoras”, não viram outra opção além de abrir o seu próprio capital. Com os grandes investidores institucionais passando a atuar como donos, precisaram investir e ganhar escala para gerar resultados.

Depois da crise

A regulação do mercado financeiro, nos anos que sucederam a crise, tornou-se muito mais severa. Como resultado, os derivativos de balcão não podiam mais ser negociados fora de um ambiente de bolsa, sendo a sua liquidação realizada necessariamente por uma contraparte central (clearing).

Isso gerou um novo movimento de consolidação para acomodar as necessidades de dois agentes que até então funcionavam de forma independente:

  • As bolsas não possuíam clearings;
  • As clearings não possuíam recursos suficientes para garantir a liquidação de todos os derivativos que passariam a ser transacionados em bolsa.

Mesmo tendo incorporado as suas respectivas áreas de liquidação, as grandes bolsas estrangeiras continuaram fazendo ofertas para comprar as suas concorrentes.

Esse movimento foi finalmente barrado pela União Europeia em 2017, quando ela apresentou preocupações em relação à grande influência que esses ambientes teriam na determinação de preços de negociação e de serviços, o que acabou por esfriar os ânimos.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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