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Estrutura de Capital

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:08/04/2019 às 10:46 - Atualizado 5 anos atrás
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O que é a estrutura de capital?

A estrutura de capital é a denominação usada para descrever a combinação que as companhias fazem dos diferentes tipos de recursos que a formam.

De forma básica, uma empresa é composta por duas variações de capital: o capital oriundo do investimento dos sócios (o capital social) e o capital oriundo de terceiros (como as dívidas e financiamentos). Cada um deles possui as suas próprias características, assim como um custo, tributos e disponibilidade distintas.

A estrutura de capital pode ser encontrada no próprio Balanço patrimonial da empresa, com a somatória do capital social e do passivo não-circulante (conforme a descrição contábil mais aceita). Ela pode variar de acordo com os atributos da organização (tamanho, lucratividade, entre outros).

Na prática, isso garante que cada uma possa compor a sua própria estrutura de capital de forma personalizada, usando mais ou menos capital próprio (ou de terceiros) para viabilizar as atividades empresariais.
Isso mesmo: a estrutura de capital também faz parte das estratégias de uma companhia.

Como funciona a estrutura de capital?

Como te contamos na seção anterior, a estrutura de capital é composta basicamente por duas categorias: o capital próprio e o capital de terceiros.

O capital próprio é o montante total que cada um dos sócios investe no negócio ao dar início ao negócio. Não possui um valor padrão definido por meio legal, o que significa que quem contribui na sociedade deve estabelecer (de acordo com a necessidade de capital de giro, projeção de receitas e custos fixos e variáveis) qual deve ser o valor final.

O capital próprio é uma fonte padrão: Diferentemente das dívidas, não há como os acionistas não o formarem, de modo que deve constar previamente no estatuto social da empresa (podendo ser aumentado ou diminuído legalmente caso haja necessidade).

Em um cenário de juros baixos, entretanto, a sua predominância na estrutura de capital é desencorajada, já que nessa ocasião o capital de terceiros se torna mais "barato" quando comparado ao capital próprio.

Falando nele, o capital de terceiros (também chamado de capital de fonte externa) é aquele que a companhia capta nos bancos públicos ou comerciais, através de empréstimos e financiamentos. Como qualquer capitalização, a empresa paga juros sobre esse dinheiro, conferindo o lucro ao credor.

Uma das suas principais vantagens está no fato de que esse capital auxilia na redução do Imposto de Renda a ser recolhido, quando substitui parte do capital próprio como viabilizador financeiro.

Levando em conta essas duas opções, a estrutura de capital é planejada, criada e alterada. Para tanto, é necessário que os administradores levem em conta tanto os planos internos (expansões, funções etc) como o contexto econômico (em especial a alta ou a queda dos juros que interferem no "valor" do dinheiro). Somente assim eles serão capazes de encontrar o arranjo que mais favorece a realização dos seus objetivos organizacionais.

Quais fatores interferem na composição da estrutura de capital?

Além das características intrínsecas do capital, que detalhamos acima, as condições internas da organização também interferem na escolha por essa ou aquela fonte de recursos.

Entre os atributos que mais interferem na decisão estão:

  • Crescimento potencial: quanto maior é o horizonte de crescimento de uma companhia, maior é a possibilidade dela buscar o capital externo para viabilizar e acelerar a expansão.
  • Lucratividade: quanto maior a projeção de acréscimo na lucratividade de uma companhia, maior a facilidade de acesso ao crédito externo.
  • Volatilidade: quanto maior a volatilidade de uma companhia, em todos os seus aspectos patrimoniais, menor é a facilidade de acesso ao capital externo.
  • Considerando cada um desses aspectos (e de forma essencial, o seu acesso às linhas de crédito baratas por conta deles), a estrutura de capital ideal pode ser parcial ou completamente alterada.
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