Especulação
O que é Especulação
Especular é fazer uma aposta. Quando um investidor decide especular, ele tem como intenção obter o maior ganho possível em um curto período de tempo, mesmo que corra o risco de perder todo o seu dinheiro.
Os fatores que determinam as chances de uma aposta vingar são:
- As características do ativo;
- Quanto tempo o investidor pretende manter a sua posição;
- O quanto ele sabe sobre aquele mercado;
- Se o investimento é alavancado; ou seja, se o investidor se financiou antes de investir.
Ao contrário do jogo, a especulação em si não é uma atividade ilegal, mas pode ser bastante prejudicial para quem não sabe o que está fazendo.
Quais são alguns exemplos de especulação?
Especulação imobiliária
O que aconteceu nos Estados Unidos e que causou a grande crise de 2008. Com os bancos concedendo financiamentos imobiliários para pessoas com baixa qualidade de crédito, cidadãos comuns começaram a comprar várias casas financiadas na expectativa de lucrar rapidamente com a valorização imobiliária.
O que essas pessoas não entendiam era que, a partir do momento em que os bancos deixassem de emprestar livremente, os preços dos imóveis desabariam pois não haveriam novos tomadores de crédito para compra-las.
Nesse caso, ficam evidentes todos os elementos da especulação:
Os financiamentos imobiliários quebraram a lógica por trás do valor dos imóveis: sua localização e seu padrão de construção;
Os tomadores de crédito tinham a expectativa de vender seus imóveis o mais rápido possível;
Eles pouco sabiam sobre os fatores que estavam inflacionando os preços;
Esses “investidores” se alavancaram ao máximo enquanto as condições permitiram.
Esse exemplo é bem diferente do que seria definido como um investimento: alguém que paga o máximo de entrada possível para comprar um imóvel de renda.
Especulação financeira
Plataformas virtuais, quando usadas de forma equivocada, facilitam a especulação financeira.
Mercado de ações
De acordo com os dados da B3 (antiga BM&FBovespa), os investidores estrangeiros são responsáveis por aproximadamente 25% do volume total negociado, seguidos pelos investidores institucionais (bancos, fundos e seguradoras, por exemplo) que possuem algo próximo a 12%.
Como esses agentes são bem informados, são os primeiros a capturar a valorização das ações. Mesmo que mantenham um otimismo comedido e reduzam as suas compras, eles estimulam as pessoas físicas a darem continuidade à alta de preços.
Por mais que as corretoras forneçam relatórios e pesquisas, poucos investidores não profissionais se dão o trabalho de entender o que está por trás daquela valorização. Dessa forma, enquanto houver novos compradores, os preços continuarão a subir.
Como esses investidores não sabem quanto tempo esse movimento pode durar, são tomados pela ganância e ficam com as ações o máximo de tempo possível.
Mercado de moedas
O mercado de moedas é um mercado que funciona 24 horas e transaciona o equivalente a US$ 5 trilhões por dia.
Entretanto, seus agentes possuem interesses bastante distintos. São empresas e governos que precisam honrar compromissos em diferentes moedas. Para tanto, contam com instituições financeiras aptas a fazer negócios e que conhecem bem o impacto que trocas de governos e decisões tomadas por bancos centrais podem ter sobre pares de moedas.
Essa é uma realidade diferente de alguém que quer negociar em uma plataforma de Forex e cujo único conhecimento é um treinamento baixado na internet. Nesse caso, trata-se de especulação onde:
- O investidor sabe pouco sobre moedas;
- Ele não possui interesse em mantê-las;
- Pode ainda ter financiado a sua conta na corretora usando um cartão de crédito.
Quando que a especulação é benéfica?
Investidores institucionais exercem os papéis tanto de investidores como de especuladores.
Nesse sentido, eles atuam como contrapartes, dando liquidez ao mercado e fornecendo preços de referência, tanto para a compra como para a venda.