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Energytech: saiba o que é e como funciona

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:07/03/2022 às 03:14 - Atualizado 2 anos atrás
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O que é EnergyTech?

EnergyTech é um termo que denomina o uso de tecnologias centradas na Indústria 4.0 para apoiar e aumentar a capacidade operacional das instalações de energia pelo mundo. Alguns exemplos práticos do trabalho dessas empresas incluem a simplificação das operações, melhora da manutenção, assim como a instalação de implementações proativas e sistemáticas.

Sendo assim, o principal objetivo é facilitar a entrada de energias renováveis ​​no mercado de energia convencional — essa é uma prioridade absoluta para os fornecedores. Isso é compensado ao manter todas as instalações em um desempenho ideal.

Qual é o panorama do setor de EnergyTech no Brasil e no mundo?

O Brasil já conta com aproximadamente 160 startups com soluções voltadas para o setor de energia. Juntas, elas receberam investimento de mais de US$ 85 milhões desde 2015, quando o levantamento Distrito Mining Report EnergyTech teve início. Esse estudo foi realizado pelo Distrito Dataminer, braço de inteligência de mercado da plataforma de inovação.

O volume de investimento se dividiu em um total de 54 rodadas de investimentos. O aquecimento deste mercado, no entanto, já chama bastante atenção. Só em 2021 foram realizadas 11 transações que concentraram o total de US$ 66,4 milhões — o que, sozinho, representa cerca de 78% do acumulado histórico.

Em relação aos investimentos, a categoria com maior número de EnergyTechs é a que, coincidentemente, tem recebido maior atenção dos fundos de Venture Capital. Desde 2015, foram captados mais de US$ 62 milhões pelas startups que estão empenhadas em gerar energias renováveis.

O grupo reúne duas das startups mais investidas do setor: a Solfácil, que acumula mais de US$ 36,6 milhões captados e a Órigo Energia que, em abril de 2021 recebeu um aporte de US$ 19,3 milhões. Enquanto a primeira se define como uma FinTech que financia projetos de energia solar, a segunda oferece soluções de energia solar.

O panorama das EnergyTechs no mundo também é promissor. De acordo com mapeamento de dados sobre o universo de inovação, em 2020 o setor recebeu mais de US$ 34 bilhões de investimento — um montante que foi distribuído em um total de 848 aportes. Somente em 2021, no entanto, já foram US$ 21,4 bilhões investidos em um total de 468 rodadas — o que aponta para a quebra de novos recordes até o final do ano.

Quais são alguns exemplos de EnergyTech?

As principais tecnologias de linha de base usadas nas EnergyTechs são membros familiares com a Indústria 4.0. O IBM Watson, por exemplo, utiliza Big Data e modelos preditivos para prever padrões climáticos em microrregiões. Os sensores da Internet das Coisas (IoT) que ficam posicionados dentro das turbinas eólicas fornecem dados acionáveis ​​em tempo real.

A ROMEO, um consórcio com base na Indústria, é um projeto apoiado pela União Europeia que tem como principal objetivo melhorar o ciclo de vida de turbinas eólicas e dos parques eólicos em si. Os sensores IoT integrados dentro dessas turbinas detectam comportamentos anormais da máquina, o estado geral dos parques eólicos e até fatores ambientais.

Já a Toshiba Energy Systems & Solutions Corporation lidera um programa de pesquisa que visa reduzir a taxa de ocorrências de problemas em 20%. Ela consegue isso por meio de implementações de sensores e Inteligência Artificial. O programa reduz com sucesso as quebras e melhora as capacidades de produção de usinas geotérmicas em até 10%. Esse modelo, aliás, se aplica notavelmente a uma medida preventiva crítica que envolve a aplicação de soluções químicas — projetadas para manter uma capacidade ótima da turbina.

Como será o futuro com as EnergyTechs?

Um grande atributo da EnergyTech é a capacidade que essas startups têm de fazer previsões calculadas em grande escala. Ao aproveitar a IoT e o Big Data, as empresas de energia agora contam com a capacidade de mudar da manutenção reativa para a proativa.

Esses métodos servem para oferecer as melhores soluções para essa indústria nascente, já que permitem melhores perspectivas e operações econômicas desde o início. A implementação requer bastante conhecimento de software em aplicações em escala industrial, o que significa que os desenvolvedores são o ativo principal na aquisição desse nível de tecnologia.

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