Eike Batista

Quem é Eike Batista

Eike Fuhrken Batista da Silva é um empresário brasileiro. Eike Batista ficou conhecido no começo da década de 2010 por ser apresentado em várias listas nacionais e internacionais dos homens mais ricos.

Posteriormente, Batista perdeu sua fortuna e seus negócios entraram em processos de recuperação judicial. Ele também foi preso durante a Operação Lava Jato, por corrupção e lavagem de dinheiro.

Biografia de Eike Batista

Eike Batista é filho de um brasileiro com uma alemã. Seu pai, Eliezer Batista da Silva, é ex-presidente da Vale e ex-Ministro de Minas e Energia.

Quando adolescente, morando com a família na Europa, Eike Batista viveu na Suiça, Alemanha e Bruxelas. Chegou a começar a graduação em Engenharia Metalúrgica na Universidade Técnica de Aachen (Alemanha), mas não completou o curso.

Quando tinha 18 anos, os pais voltaram ao Brasil, mas Batista permaneceu na Europa e se manteve vendendo apólices de seguro de porta em porta.

No começo dos anos 1980, Eike Batista retornou ao Brasil e se envolveu com comércio de ouro. Então, criou sua primeira empresa, aos 21 anos: Autram Aurem.

Criou a Novo Planeta, a primeira planta aurífera aluvial mecanizada da Amazônia. Aos 29 anos, tornou-se executivo da TVX Gold, empresa do segmento de mineração listada na Bolsa de Toronto. A empresa eventualmente foi comprada pela Kinross Gold Corp, em 2001.

Grupo EBX

A partir do seu trabalho com mineração, Eike Batista fundou outras empresas, compondo o Grupo EBX, holding com atuação focada em infraestrutura e recursos naturais.

Entre os empreendimentos do grupo, estão a MMX, de mineração; a OGX, de petróleo; a MPX, de energia; e a CCX, de carvão mineral. Várias das empresas do Grupo EBX tiveram seu capital aberto na bolsa de valores, captando recursos de investidores.

Classificações em listas nacionais e internacionais

Como já foi dito, Eike Batista ganhou notoriedade do grande público ao ser citado em várias listas. Algumas delas foram:

Revista Bloomberg Markets, 2011, lista das 50 pessoas mais influentes para as finanças globais:

• Eike Batista foi o único brasileiro na lista;
• Forbes, 2012, lista das maiores fortunas mundiais: Eike Batista ficou em 7º lugar, sendo o primeiro colocado sul-americano;
• Revista Época, 2012, lista dos 100 brasileiros mais influentes do ano: Eike Batista foi escolhido pela 5ª vez seguida;
• Revista PEGN, 2013, pesquisa sobre empresário mais admirado: Eike Batista foi eleito em entrevista com mais de 3 mil donos de negócios.Prisão na Lava Jato.

Em 2015, uma empresa do Grupo EBX, a OSX, de indústria naval offshore, foi citada na Lava Jato em delação por Eduardo Vaz.

No começo de 2017, a prisão preventiva de Eike Batista foi decretada, devido a acusações de pagamento de propina ao ex-governador do RJ, Sérgio Cabral, em 2010. Batista se entregou três dias depois, sendo transferido para Bangu 9.

Apesar de conseguir um habeas corpus concedido pelo Ministro do STF Gilmar Mendes, Eike Batista foi colocado em prisão domiciliar a partir do final de Fevereiro de 2017. Ele também foi afastado das suas empresas.

Em Julho de 2018, Batista foi condenado a 30 anos de prisão pelas acusações de lavagem de dinheiro e corrupção.

Falência da MMX

Em Agosto de 2019, a MMX, empresa de mineração do Grupo EBX, teve sua falência decretada pelo TJ-RJ.

Havia um processo de pedido de recuperação judicial em trâmite desde Novembro de 2016. Os responsáveis pela empresa afirmaram que vão recorrer da decisão.

Pedidos de Recuperação Judicial

Além da MMX, várias outras empresas do Grupo EBX também apresentaram pedidos de recuperação judicial nos últimos anos, como a OGX e a OSX.

Isso significa que, diante de uma situação de alta inadimplência, elas apresentam um plano de quitação das dívidas e pedem um tempo à Justiça para pagar os credores.

Fortuna pessoal

Informações apontam que a fortuna pessoal de Eike Batista caiu bastante desde que suas empresas foram implicadas em investigações criminais.

Bens foram bloqueados e outros foram confiscados e leiloados. Por outro lado, investiga-se atualmente a possibilidade de que o empresário tenha uma fortuna oculta no exterior.