Economia do conhecimento
O que é economia do conhecimento?
Economia do conhecimento é a fase econômica pela qual passamos em que o conhecimento, em vez do comércio, tem protagonizado as principais mudanças na sociedade.
É por isso que você provavelmente vê muitos cursos online sendo comercializados, uma diversidade de mentorias e outros formatos de produtos ou serviços os quais as pessoas encontraram para repassar suas experiências.
Quando a economia do conhecimento começou?
Considera-se que a chegada dessa economia ocorreu pouco depois da Segunda Guerra Mundial.
Diferente da sociedade industrial, o principal recurso econômico deixou de ser o meio de produção — recurso da natureza, capital ou mão de obra — para ser o conhecimento, um tipo de informação que pode ser estratégica e agregar valor aos negócios.
O significado de valor, com o advento da economia do conhecimento, também deixou de ser a alocação de capital ou o quantitativo de trabalhadores para ser a forma com que o conhecimento é aplicado no trabalho, ou seja, produtividade e inovação.
Nas empresas, essa nova era se reflete quando há mais investimentos em Educação, Design, Management, Marketing e afins — em vez de equipamentos e construções.
Quais as características da economia do conhecimento?
Há alguns pontos que claramente caracterizam e nos dão indícios de que estamos vivendo a sociedade do conhecimento, que são:
- presente em todos os setores econômicos, não apenas nos mercados de conhecimento;
- alta utilização das Tecnologias de Informação;
- elevado investimento em ativos intangíveis (serviços) e surgimento de uma nova contabilidade que possa gerenciá-los;
- muita inovação e tecnologia;
- recursos ilimitados — já que a base é o conhecimento.
Contabilidade e economia do conhecimento
Agora, aprofundando um pouco mais no conhecimento de ativos intangíveis, em 1988, o pesquisador Karl Sveiby já havia proposto o seguinte modelo:
Valor contábil
Em que o patrimônio líquido são os ativos tangíveis, extraídas as dívidas a pagar.
Ativos intangíveis
- estrutura externa: marcas, imagem e relações com clientes e/ou fornecedores;
- estrutura interna: gerência, estrutura legal, sistemas administrativos informatizados, patentes etc.;
- competência individual: nível de escolaridade e experiência profissional.
Como o Brasil tem se posicionado na economia do conhecimento?
O primeiro país a iniciar programas voltados para essa nova fase econômica foi a China, em 2001. Mas, um ano depois, foram realizados eventos, aqui no Brasil, que também trouxeram a pauta para o nosso país.
Foi analisada a importância de levar conhecimento a todos os setores da economia — agricultura, educação, saúde, energia, comunicações, logística etc.
Ou seja, aquilo que era visto como commodity, finalmente, poderia ser visto como um produto diferenciado. Veja alguns exemplos:
- transformação do tradicional café brasileiro em gourmet, sendo hoje exportado para outros países;
- produção de foguetes que desviam nuvens, no Rio Grande do Sul, para evitar chuvas na época da colheita;
- prêmios de design por móveis brasileiros inovadores.
Inclusive, fazer a economia do conhecimento chegar a tantos setores econômicos é uma das suas dimensões. A outra dimensão é a de levar o conhecimento para todos os segmentos da sociedade — especialmente os de baixa renda.
Outro ponto de destaque no Brasil é a economia do conhecimento na Amazônia: a bioeconomia.
Esse termo é definido como a produção e a utilização de recursos biológicos — o que inclui conhecimento, inovação e tecnologia — para fornecer informações, produtos e serviços aos demais setores da economia, considerando a sustentabilidade.
Dessa forma, é um método de explorar a Amazônia de forma inteligente: em vez de deixar a pecuária e a indústria madeireira tomar de conta, a proposta é preservar, explorar o turismo e ter insumos para as indústrias farmacêutica, cosmética e alimentícia.
Mas, para isso, é necessário haver essa integração oriunda da economia do conhecimento: informações, estratégias, inovação e ciência.