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Economia de Escala

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:14/02/2019 às 06:36 - Atualizado 5 anos atrás
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O que é Economia de Escala

É a economia de custos, alcançada por meio do aumento da produção. Atingi-la implica em se considerar o uso mais racional possível para os insumos usados na produção sejam eles materiais básicos, maquinários ou mão-de-obra.

Ao se reduzir o custo médio de uma unidade produzida, busca-se essencialmente uma maior participação de mercado visto que o intuito é sempre vender mais e, preferencialmente, mais do que os concorrentes.

Quais os tipos de economia de escala?

Ela pode ser tanto de ordem interna como externa.

No caso da economia de escala interna, ela envolve novas tecnologias e revisão de processos. O objetivo é uma redução, seja ela real (menor uso de insumos por quantidade produzida) ou monetária (o preço dos insumos cai conforme se produz mais).

No caso da economia de escala externa, ela está ligada a fatores que aumentam a competitividade de um país como a sua malha logística, o custo da energia elétrica e a produtividade de um funcionário, por exemplo.

Como alcançar a economia de escala?

A produção em grandes quantidades só é possível com a padronização.

Um erro muito comum é investir em maquinário e contratação de empresas de consultoria sem se levar em conta a necessidade de treinamento dos funcionários; um dos componentes de produção onde a padronização é mais difícil de se obter em função dos desperdícios e dos problemas de manuseio.

O resultado disso é que se paga por uma infraestrutura que não funcionará na sua plena capacidade em um primeiro momento. Portanto, alcançar a economia de escala é um processo demorado, mesmo para as empresas com recursos.

Um outro ponto pouco observado é o desenvolvimento de parcerias estratégicas. Quando empresas atuam como parceiras, tendo um objetivo comum e de longo prazo, buscam soluções mais baratas do que se cada uma procurasse por uma solução individualmente.

Existe um limite para a economia de escala?

A produção ótima é aquela que usa plenamente os recursos disponíveis. Entretanto, a partir desse nível, produzir uma unidade adicional exigirá uma nova estrutura, o que fará com que o seu custo seja maior do que das unidades anteriores.

Por exemplo:

  • Uma empresa fabricante de cerveja investe R$ 1 milhão para produzir 500 mil latas/mês.
  • Investimento: R$ 1.000.000,00
  • Produção: 500.000
  • Custo unitário: R$ 2,00

Para produzir a lata número 500.001 em um determinado mês, ela precisará investir novamente, seja contratando funcionários ou ampliando as suas instalações.

Independentemente da opção selecionada, o custo unitário de qualquer lata adicional será maior do que R$ 2,00 até que uma nova economia de escala seja alcançada.

Esse processo é conhecido como deseconomia de escala, momento em que a empresa passa a ter problemas para crescer.

Uma forma de contornar essa limitação é por meio da fusão entre empresas. Apesar do esforço necessário para integrar operações e culturas diferentes, a empresa resultante é maior do que a mera soma de suas partes.

Isso porque a economia de escala é aplicada em todos os setores e não apenas onde ela é mais comum: no processo produtivo. Áreas administrativas passam a trabalhar em uma estrutura compartilhada onde os custos fixos (instalações e funcionários) alcançam os menores valores possíveis.

Qual a importância da economia de escala para o mercado financeiro?

A economia de escala só é possível por meio de um projeto de investimentos. Caso ele seja financiado, a empresa poderá optar por um empréstimo bancário ou por uma emissão de dívida (ou ações) no mercado de capitais.

O valor agregado que esse projeto trará para a empresa é o que define o seu grau de atratividade para o banco (que pretende ofertar novos serviços financeiros) ou para os investidores (que visam o ganho de capital).

 

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