termos

EBITDA: saiba o que é e como funciona

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:28/01/2019 às 07:05 - Atualizado 2 anos atrás
Compartilhe:

O que é EBITDA?

EBITDA é uma sigla para (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), ou seja, em bom português significa: Lucro antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA).

O EBITDA expressa em seu resultado qual é a “verdadeira” performance do negócio.

Por mais que a depreciação e amortização sejam despesas relacionadas a imobilizado e a parte intangível da firma, tais despesas não trazem influência direta sobre o operacional da firma ou sobre o seu caixa.

Portanto, quando descartamos esses valores, fica possível ver qual é o verdadeiro resultado dos negócios. As contas para encontrar o EBITDA podem ser:

EBITDA = Lucro Líquido + Juros + Impostos + Depreciação + Amortização
Ou
EBITDA = Lucro Operacional + Depreciação + Amortização

Portanto, sabendo o EBITDA é possível compreender o verdadeiro resultado das atividades de uma empresa.

Como funciona o EBITDA?

O EBITDA é uma métrica que pode ser utilizada tanto por investidores quanto por empresários que estão curiosos para conseguir identificar se o negócio é rentável ou não.

Por exemplo, suponha o seguinte cenário: A empresa X possui um prejuízo de R$ 10.000,00. Sendo que os valores que compõem o DRE (antes do lucro líquido) são os seguintes:

  • Depreciação = R$ 5.000,00
  • Resultado Financeiro = R$ 20.000,00
  • Impostos sobre o Lucro (IR e CSLL) = 0,00

Para descobrir o EBITDA o empresário deve realizar o seguinte cálculo:

EBITDA = - 10.000,00 + 20.000,00 + R$ 5.000,00 = R$ 15.000,00

Ou seja, ao invés de prejuízo, a firma poderia ter registrado um bom lucro. Afinal, excluindo às despesas financeiras e a depreciação, o resultado foi positivo.

Para dar continuidade à análise, o interessado poderia encontrar algumas coisas bem interessantes. A primeira é com relação ao imobilizado.

Por se tratar de depreciação, podemos considerar que a empresa tenha algumas máquinas, veículos ou até imóveis que estejam sofrendo com desgaste.

Vamos supor que a empresa X é uma indústria, então boa parte da depreciação que estamos vendo seria referente ao maquinário da mesma.

Com relação às despesas financeiras, a maior parte dessas pode ser relacionada ao financiamento das máquinas.

Portanto, depois de um certo período (curto ou longo), a empresa pode vir a reduzir seus gastos financeiros como o dos financiamentos e, assim, o resultado da empresa pode melhorar, saindo do prejuízo e alcançando o lucro.

De repente, se uma empresa assim é negociada na bolsa de valores, a simples análise desses quesitos podem mostrar ao investidor que uma firma com prejuízo pode ser tornar lucrativa no futuro.

Porque utilizar o EBITDA?

Mesmo uma empresa que não tenha gastos financeiros pode acabar apresentando um resultado ruim devido a sua grande quantidade de máquinas, veículos e imobilizados em geral.

Desse modo, quando desconsideramos os efeitos da depreciação, o resultado das atividades da empresa aparece e pode ser muito interessante.

Por exemplo, uma empresa que trabalha com o aluguel de veículos, pode apresentar prejuízos de tempos em tempos, mas será que esse resultado ele expressa a realidade da mesma?

Ao analisar a depreciação comum de um veículo, chegamos ao número de 5 anos. Ou seja, em 5 anos, um veículo pode ter o seu valor reduzido a 0 na contabilidade.

Observando isso, uma firma que tenha realizado um grande investimento em uma nova frota pode acabar registrando prejuízos durante um período, uma vez que os veículos estão sofrendo a depreciação e os resultados com as locações não sejam suficientes para cobrir tal despesa.

Mas essa despesa com depreciação não influencia no caixa da empresa.

É bem provável que a empresa continue com um bom fluxo de caixa, fazendo dinheiro. Por meio do EBITDA você consegue identificar esse tipo de “anomalia”.

Sobre o autor
Equipe Mais RetornoA Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!