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EBITDA ajustado: saiba o que é e como funciona

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:20/12/2022 às 04:42 - Atualizado um ano atrás
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O que é EBITDA ajustado?

O EBITDA ajustado — que é o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — é uma medida calculada para uma empresa que obtém os seus ganhos e, depois disso, adiciona despesas de juros, impostos e depreciação, além de outros ajustes à essa métrica.

Padronizar o EBITDA e remover anomalias significa que o EBITDA ajustado — também chamado de normalizado resultante — é mais preciso e mais facilmente comparável ao EBITDA de outras empresas e da indústria que uma empresa faz parte como um todo.

Para que o EBITDA ajustado é utilizado?

De uma maneira geral, o EBITDA ajustado é utilizado para avaliar e comparar empresas relacionadas de alguma forma para a análise de avaliação e outros fins. Ele é diferente do EBITDA padrão porque o ajustado de uma empresa é utilizado para normalizar as suas receitas e despesas — uma vez que diferentes empresas podem ter vários tipos de despesas que são exclusivas delas.

O EBITDA ajustado, ao contrário da versão que não é ajustada, tentará normalizar essa receita, eliminar anormalidades ou peculiaridades — como bônus pagos aos proprietários ou ativos redundantes — e padronizar os fluxos de caixa. Tudo isso para tornar mais fácil o trabalho de comparar vários negócios ou empresas de um determinado setor.

Aqui, é interessante frisar que o EBITDA ajustado não deve ser utilizado de maneira isolada, já que ele faz mais sentido como parte de um conjunto de ferramentas analíticas que são usadas para avaliar uma ou mais empresas. Os índices que dependem dele também podem ser utilizados para comparar companhias de diferentes portes e setores, como o índice de enterprise value/EBITDA ajustado.

Como calcular o EBITDA ajustado?

Para começar a calcular essa medida, basta fazer o cálculo do lucro antes do lucro, impostos, depreciação e amortização — ou seja, o EBITDA, que começa com o lucro líquido de uma empresa. A esse valor, basta adicionar as despesas com os juros, imposto de renda e todas as outras despesas não monetárias — o que inclui a amortização e depreciação.

Em seguida, é necessário adicionar de volta as despesas não rotineiras — como a remuneração excessiva do proprietário — ou deduzir quaisquer despesas adicionais típicas que estariam presentes em empresas semelhantes, mas que podem não estar presentes na empresa analisada. Isso pode incluir os salários para o número de colaboradores necessário em uma companhia com poucos funcionários, por exemplo.

Como seria um exemplo de uso do EBITDA ajustado?
A métrica do EBITDA ajustado é muito mais útil quando é utilizada para determinar o valor de uma empresa para transações como as aquisições, fusões ou aumentos de capital. Se uma companhia é avaliada por um múltiplo do EBITDA, por exemplo, o valor pode mudar de maneira muito significativa depois dos add-backs.

Vamos supor que uma empresa esteja sendo avaliada para uma transação de venda por meio de um EBITDA múltiplo de 6 vezes para chegar à estimativa do preço de compra. Se ela tiver apenas R$ 1 milhão em despesas não recorrentes — ou incomuns para adicionar de volta como ajustes de EBITDA —, isso adiciona R$ 6 milhões ao seu preço de compra.

Por isso, os ajustes de EBITDA estão sob escrutínio de analistas de ações e banqueiros de investimento durante esses tipos de transações.

É importante frisar que os ajustes feitos no EBITDA de uma empresa podem variar — e muito — de uma companhia para outra, mas o objetivo sempre será o mesmo. O ajuste dessa métrica, na verdade, visa normalizar o valor para que seja um tanto genérico, o que significa que conta essencialmente com as mesmas despesas de itens de linha que qualquer outra empresa semelhante em seu setor conteria.

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