DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
O que é DMPL?
A DMPL é um relatório de contabilidade cuja função é registrar quaisquer alterações que tenham acontecido no Patrimônio Líquido de uma organização em um determinado período de tempo.
A sua sigla, DMPL, é uma abreviação simples das iniciais do nome completo do relatório, excluindo as preposições: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
Trata-se, portanto, de mais um instrumento importante de gerenciamento. Toda alteração do Patrimônio Líquido é devidamente registrada, deixando claras as modificações que vieram a ocorrer.
Neste contexto, vale observar que se trata de um relatório obrigatório para empresas de capital aberto, isto é, organizações listadas na Bolsa de Valores. Essa é uma determinação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Qual a função da DMPL?
Dentro do cotidiano de uma empresa, é normal que ocorram mudanças ao longo do tempo. Essas mudanças podem trazer impactos ao Patrimônio Líquido de um negócio e essa é a razão pela qual é preciso emitir relatórios que comprovem essas alterações.
No caso de empresas de capital aberto, conforme você já viu anteriormente, essa é uma prática obrigatória. No entanto, ainda que não seja algo exigido por lei, muitas empresas de capital fechado também adotam à Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
Entre as funções principais do DMPL estão:
- Controle financeiro da empresa;
- Entendimento da evolução e alteração do Patrimônio Líquido;
- Indicação sobre originação e uso das reservas financeiras;
- Avaliação do valor do patrimônio da empresa dentro do mercado.
Quais os fatores que influenciam o patrimônio de uma empresa?
Uma vez que a DMPL é responsável por compartilhar alterações registradas no Patrimônio Líquido de uma organização, talvez você se pergunte quais são os acontecimentos que podem trazer algum tipo de impacto à empresa, certo?
Neste ponto, vale frisar que quando se fala em "evolução do Patrimônio Líquido", estamos focando em toda e qualquer evolução — não necessariamente positiva. Em outras palavras, os eventos do período podem fazer com que a empresa perca valor.
O principal fator neste contexto, claro, é o resultado obtido pelo negócio no período em questão. Empresas lucrativas tendem a crescer seu patrimônio, enquanto que empresas que terminam com prejuízo oferecem maior probabilidade de perder valor.
No entanto, essa não é a única situação que influencia o Patrimônio Líquido da companhia. Tudo que envolve o capital e os seus recursos podem trazer algum tipo de impacto o que inclui a realização de doações, mudanças nas suas ações (subscrições, vendas, aquisições, etc.) ou mesmo a distribuição de dividendos, por exemplo.
Como elaborar a DMPL?
Agora que você já entendeu bem o conceito que envolve a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, vamos falar sobre como esse relatório é organizado pelas empresas.
Basicamente, utiliza-se de uma tabela em que cada item que compõe o patrimônio recebe uma coluna. São eles:
- Reservas de capital: capital que não será distribuído aos acionistas, incluindo o capital social.
- Reservas de lucro: valores originados do lucro líquido do exercício, de acordo com determinação em Assembleia.
- Lucros ou prejuízos acumulados: parte do capital referente aos acionistas.
A estrutura da DMPL
Para cada fator de composição do patrimônio da empresa, são informados os dados que justificam as alterações ao longo do período. São eles:
- Saldo inicial do período;
- Ajustes de exercícios anteriores;
- Acréscimo de capital;
- Compensação de prejuízos;
- Destino do lucro líquido;
- Distribuição dos lucros;
- Avaliação de ativos;
- Redução de capital;
- Reservas;
- Dividendos;
- Saldo no final do exercício.
Ou seja, a estrutura da DMPL é relativamente simples. Começa com o saldo inicial, informa todas as contas que podem alterá-lo e, de acordo com esses valores, explica como a empresa chega ao valor do Patrimônio Líquido ao final do exercício.
Para ver um exemplo real de DMPL, confira abaixo o relatório do 2º trimestre de 2019 emitido pela Alpargatas.