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Dilema dos Prisioneiros

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:13/05/2020 às 20:49 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que é Dilema dos Prisioneiros?

Dilema dos Prisioneiros é um problema famoso da Teoria dos Jogos, que ilustra o dilema entre cooperar e trair. Ele traz uma representação de situações que podem ocorrer na vida cotidiana, e também no mercado, com o objetivo de ajudar gestores a entender a importância de tomar decisões priorizando a cooperação.

Qual é a história do Dilema dos Prisioneiros?

A história do Dilema dos Prisioneiros pode ser resumida da seguinte forma: dois suspeitos de um crime, A e B, são presos. A polícia acredita que eles são comparsas; no entanto, não há provas para condenar nenhum dos dois. Para resolver a situação, a polícia decide colocar cada um em uma cela e oferecer o mesmo acordo aos dois. O acordo tem três hipóteses:

  • Se ambos confessarem, cada um cumpre 5 anos de prisão.
  • Se um deles confessar o crime e o outro ficar em silêncio, quem confessou será libertado enquanto o cúmplice cumpre sozinho 10 anos de prisão.
  • Se ambos ficarem em silêncio, a polícia só poderá condenar cada um dos suspeitos a cumprir 1 ano de prisão.

É importante notar que, nessa situação hipotética, confessar o crime é trair o comparsa, enquanto ficar em silêncio é sinal de cooperação.

Outro ponto importante é que cada um deve tomar sua decisão sem saber o que o outro escolheu. 

Qual é a resolução do Dilema dos Prisioneiros?

A resolução lógica do dilema dos prisioneiros, considerando a melhor escolha individual, é trair o comparsa. 

Suponha que você é o prisioneiro A. 

Se B, seu comparsa, confessar, e você também confessar, os dois vão cumprir 5 anos; porém, se B confessar e você ficar em silêncio, você cumprirá 10 anos sozinho. Portanto, se B confessar, a melhor alternativa para você é confessar também.

Por outro lado, se B ficar em silêncio e você também, cada um cumprirá 1 ano; porém, se B ficar em silêncio e você confessar, você sai livre.

Portanto, se B ficar em silêncio, a melhor alternativa para você é confessar, de novo.

Perceba que, não importa qual seja a decisão de B, a melhor resposta sempre será trair seu comparsa, porque ela traz o melhor resultado para você.

No entanto, é importante perceber que o melhor resultado para um não é o melhor resultado para ambos. O melhor resultado para ambos seria cooperar; vocês ficam em silêncio e cada um cumpre uma pena pequena.

O problema é que vocês não podem se comunicar e, por isso, uma resposta coordenada é impossível. Então, a individualidade acaba tendo um peso a mais no dilema, em que a cooperação depende sobretudo de confiança e senso de coletividade.

Como o Dilema dos Prisioneiros se aplica no mercado?

O mercado não é como o dilema dos prisioneiros, porque os participantes podem dialogar para encontrar o melhor resultado para todos. Isso se aplica, por exemplo, na guerra de preços entre empresas concorrentes. 

Frequentemente, uma empresa vai baixar seu preço para “roubar” os clientes dos concorrentes e até tentar tirá-los do mercado. No entanto, ao fazer isso, as outras empresas também respondem baixando os preços. 

Essa pode parecer uma estratégia normal, mas seu efeito é que todos os envolvidos nessa guerra sofrem prejuízos, perdendo faturamento e lucro no processo. Portanto, cooperar para manter um patamar de preços no qual todos os concorrentes pudessem dividir o mercado e sobreviver seria a melhor solução. Outros fatores determinariam qual empresa ganharia maior fatia de mercado, como a qualidade do produto e a excelência do atendimento.

Infelizmente, mesmo podendo dialogar e construir soluções de forma cooperativa, isso não garante que o mercado esteja livre da mesma individualidade que vemos no dilema dos prisioneiros. 

De fato, é muito comum que empresas combinem estratégias para chegar a um resultado ganha-ganha, mas, na hora de implementá-las, ocorra uma “traição” comercial. Isso pode ocorrer até em escala maior, entre os países, que podem voltar atrás e descumprir acordos comerciais internacionais. O efeito é uma perda de confiança que torna cada vez mais difícil promover cooperação.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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