Diego Labat
Quem é Diego Labat?
Diego Labat é um economista uruguaio e Contador Público formado pela Universidade da República (UDELAR). Conta com mais de 20 anos de experiência no sistema financeiro em bancos internacionais de reconhecido porte e prestígio — tanto no Uruguai quanto no exterior.
Seu principal foco de atuação é nas áreas financeira e de geração de informação. Entre os cargos de destaque estão a direção da Ancap, de 2015 a 2020 e a presidência do Banco Central do Uruguai desde março do ano de 2020.
Além dos cargos nessas áreas, Labat também tem uma extensa carreira na docência. Ele já atuou como docente em instituições como Universidade de Montevidéu, Universidade da República e Universidade Católica do Uruguai.
Qual é a trajetória profissional de Diego Labat?
Em 1993, Labat atuou como Contador Geral do ABN AMRO Bank NV e permaneceu no cargo até dezembro de 2008. Na mesma instituição, atuou brevemente na reorganização do departamento de Informações Financeiras no ano de 1998.
Diego Labat também atuou como Contador Geral, dessa vez no Banco Santander, entre 2008 e 2012. Depois, na mesma instituição, passou a atuar como Diretor Financeiro — posição que ocupou até o ano de 2015. Lá, foi responsável pela gestão financeira do banco, onde desempenhou estratégias de investimento e gestão de liquidez, assim como a gestão da tesouraria.
De junho de 2015 a julho de 2020, Labat atuou como Diretor da ANCAP. Ainda em 2020, no mês de março, foi nomeado como Presidente do Banco Central do Uruguai, posição que ocupa até os dias de hoje.
Na docência, Diego Labat tem uma atuação forte e consistente durante os anos. De 1998 a 2011, por exemplo, foi Professor de Bancos e Mercados de Ações na Universidade de Montevidéu. Já na Universidade da República, atuou como docente de Educação Bancária entre os anos de 1996 a 2013. Desde 2006, por fim, atua como Professor na Universidad Católica del Uruguay.
Qual a relação entre Diego Labat e o Banco Central do Uruguai?
Em março de 2020, Labat foi nomeado como Presidente do Banco Central do Uruguai. A instituição foi criada em 1967 como uma entidade estatal autônoma com a aprovação do artigo 196 da Constituição da República Oriental do Uruguai. Antes da sua criação, a emissão da moeda, assim como a gestão e supervisão do sistema bancário eram feitas pelo departamento do Banco de La República Oriental del Uruguai.
Entre as maiores responsabilidades do Banco Central do Uruguai estão a regulamentação e supervisão de todas as instituições financeiras, a representação do povo uruguaio em organizações financeiras internacionais e atuação como assessoria econômica, como agente financeiro e banqueiro do Governo. Todas elas estão de acordo com o artigo 7º do Estatuto do BCU.
Em março de 1995, o alvará do banco foi aprovado pela Lei 166/96, que ampliou as responsabilidades e definiu as funções e responsabilidades da instituição, assim como a estrutura da gestão. O prédio do BCU abriga também o museu da Numismática, que fica aberto ao público e tem entrada gratuita.
Posse de Diego Labat
Em seu discurso de posse, Labat explicou que o primeiro dos três pilares que desenvolveria seria o funcionamento normal do sistema financeiro. O segundo seria mitigar os efeitos da expansão do coronavírus sobre a atividade econômica. Nesse momento, lembrou das medidas de facilitação de crédito e do comércio lançadas na época. A terceira linha de ação, então, seria uma política monetária que garantisse a liquidez da economia.
Ainda segundo Diego Labat, o ponto central do combate à inflação é a reconstrução da credibilidade do país. Embora tenha dito, à época, que iria anunciar medidas, aproveitou para reforçar que a instituição trabalharia para encontrar a principal fonte de credibilidade dos fatos. Ele também indicou que buscaria mudanças jurídicas para aumentar a independência do banco na prestação de contas e na construção de uma agenda de “desdolarização” da economia.