Desemprego estrutural: saiba o que é e como funciona
O que é desemprego estrutural?
O desemprego é um dos indicadores que mais assustam uma população. Ninguém quer, afinal, ficar sem renda, pois essa é uma situação que gera um forte impacto econômico, trazendo consequências de longo prazo para o trabalhador e para o país.
O desemprego estrutural é, em resumo, uma das formas pela qual as pessoas ficam sem emprego. Essa situação aparece em momentos onde o volume de empregos disponíveis no país não é suficiente para gerar ocupação a toda população que busca por um trabalho.
Para entender melhor o contexto, precisamos explicar as diferentes causas do desemprego.
Quais são os tipos de desemprego?
Existem, no geral, quatro principais tipos de desemprego. Vamos explicar brevemente cada um deles para que você possa contextualizar as suas respectivas origens.
O primeiro e mais conhecido é o desemprego conjuntural (também chamado de cíclico ou involuntário). Ele aparece em períodos de recessão econômica, momento em que a produção empresarial é afetada e, consequentemente, as companhias acabam obrigadas a demitir seus colaboradores visando a redução de custos.
O segundo tipo é o desemprego natural. Como o nome já indica, esse é um processo normal no mercado. Geralmente envolve pessoas que ainda não trabalham, demissões estratégias das empresas ou até mudanças de emprego por escolha do próprio empregado.
Há também o que se chama de desemprego sazonal. A sazonalidade é bem comum em alguns segmentos da economia. Na páscoa, por exemplo, existe um aumento de demanda para chocolates. Em dezembro, praticamente todas as lojas de shoppings optam pela contratação de funcionários temporários visando o atendimento adequado ao aumento de fluxo pelo Natal. Passado o período da sazonalidade, esses empregados geralmente acabam desligados.
Por fim, temos o desemprego estrutural, que é justamente o tema deste texto. Aqui, como adiantamos, é um formato de desemprego decorrente de mudanças econômicas estruturais. Geralmente, ele tem origem em dois fatores: inovações tecnológicas e alteração nos níveis de consumo.
No caso da tecnologia, ela pode substituir cargos ocupados por pessoas. Sendo assim, as empresas deixam de precisar de um profissional. Já no caso de alterações no consumo, novamente temos impacto na demanda dos trabalhadores. Produtos que deixam de ser consumidos tendem a reduzir a demanda e, portanto, uma menor quantidade de vagas disponíveis no mercado profissional.
Quais os impactos do desemprego estrutural?
O desemprego é sempre uma sinalização negativa do ponto de vista econômico. Em primeiro lugar, representa um desaquecimento da economia na medida em que a população tende a perder poder de compra.
Neste sentido, é fundamental que os países acompanhem indicadores como o PEA (População Economicamente Ativa). Quanto maior o número de pessoas ativas, maiores as oportunidades de consumo. Quem não trabalha, afinal, não recebe e, portanto, não pode manter seus gastos.
Além disso, de uma maneira um tanto óbvia, o desemprego estrutural contribui negativamente com questões sociais. Indivíduos desempregados precisam abrir mão de qualidade de vida. Esse, contudo, é um impacto de qualquer tipo de desemprego.
Quais são as principais causas do desemprego estrutural?
Como vimos, o desemprego estrutural é causado basicamente pelo aumento de tecnologia ou de mudanças sensíveis no consumo da população, situações que estão diretamente ligadas.
Se você tinha uma empresa de fax alguns anos atrás, por exemplo, ela certamente perdeu espaço em funções de recursos de computador, permitindo o envio de documentos de forma muito mais fácil. Naturalmente que os empregados dessa empresa perderam seus empregos pelo aumento da tecnologia que, consequentemente, impactou a demanda por fax no mundo.
Existem ainda outros fatores que podem influenciar diretamente o desempenho estrutural. É o caso da globalização, aumentando a presença de negócios em diferentes países e alterando a configuração econômica.