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Depreciação

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:25/04/2019 às 08:36 - Atualizado 5 anos atrás
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O que é a depreciação?

É chamado de depreciação o processo de perda de valor que um bem sofre, por desgaste natural, obsolência ou uso, durante a sua vida útil.

Absolutamente qualquer produto pode sofrer depreciação, com exceção daqueles que tendem a valorizar com o passar do tempo - como as jóias e os itens de colecionador, por exemplo.

Ainda assim, compreender a depreciação dos bens é especialmente importante para as companhias, visto que esse elemento é um componente vital dos relatórios contábeis e do recolhimento de Imposto de Renda. Nesse último caso, inclusive, a depreciação é passível de deduções, especialmente para aqueles itens que são considerados como dotados de depreciação acelerada.

Para compreender esse último caso, imagine que você possui dois carros: um, que usa diariamente em seu trabalho de 10 horas como motorista, e outro, reservado apenas para momentos de lazer com a sua família. Nos responda: qual dos dois você acha que se desgastará mais e mais rápido?

É claro que é o primeiro. Justamente pelo seu uso prolongado, o primeiro carro é desgastado de forma mais intensa, conferindo a ele uma depreciação acelerada. Para entrar nessa categoria, como definido em lei, um item deve ser utilizado por mais de 8 horas por dia - como é o caso do maquinário de fábricas que trabalham em turnos, por exemplo.

Como a depreciação funciona?

Seguindo a temática automotiva, certamente você já ouviu mais de uma pessoa dizendo que “os carros se desvalorizam logo que saem da concessionária”. Mas você sabe o porquê dessa afirmativa ter se familiarizado?

A verdade é que, embora não sejam os únicos bens de uso pessoal que deprecia, os carros sofrem desgaste de forma muito peculiar. Cada quilômetro rodado é capaz de desvalorizá-lo - o que em geral não acontece com outros itens, cujo espaço de tempo (ou tempo de uso) entre a compra e a desvalorização é mais espaçada.

Não bastasse o fator quilometragem, o carro ainda sofre com a depreciação por obsolescência - um carro de 2018 perde valor pelo simples fato de já haver uma versão mais atualizada daquele mesmo modelo em 2019. Esse “aprimoramento” anual garante que a depreciação ocorra a taxas maiores.

Aliás, quanto mais rápida é a renovação de um item, como o movimento insano que vemos nas indústrias de eletroeletrônicos (como celulares, computadores, televisores e afins), maior é a sua depreciação. Se você já tentou se desfazer de alguma dessas mercadorias deve ter se surpreendido com a diferença entre o valor de compra e o valor de venda, mesmo que tenha sido feita apenas alguns meses após a sua aquisição.

A depreciação é medida de forma percentual, como uma taxa de perda anual. Por exemplo, suponha que um veículo comprado por você em 2014 sofra depreciação de 15% ao ano. Tendo sido comprado por 100 mil reais naquela época, hoje (em 2019) ele valeria apenas 25 mil reais.

Quais são os bens não-depreciáveis?

Como te contamos lá na primeira seção, nem todos os bens são considerados como passíveis de depreciação. Eles são sim mais raros, mas existem.

A seguir, listamos alguns exemplos de itens não-depreciáveis:

  • Bens para os quais sejam registradas quotas de exaustão, ou seja, que são recursos naturais que se exaure conforme são explorados - florestas, jazidas de metais e minérios, canaviais, reservas de petróleo, etc.
  • Imóveis não utilizados, nem alugados ou com potencial revenda;
  • Itens que não se desvalorizam com o passar do tempo, como coleções, obras de arte, etc.;
  • Terrenos (com exceção daqueles que estão destinados a construções ou melhoramentos).
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