Depreciação Linear
O que é depreciação linear?
Você já deve ter percebido que muitas coisas que compramos perdem valor com o passar do tempo, não é mesmo? Isso acontece por causa da depreciação dos objetos, ou seja, a sua perda de valor em função do tempo.
Experimente, por exemplo, comprar um carro. Após um ou dois anos, caso tente revendê-lo, perceberá que não será possível fazê-lo pelo mesmo preço de compra. Esse é o efeito direto da depreciação.
Ou seja, quando falamos de depreciação, entenda a desvalorização (ou perda de valor) que um bem adquirido apresenta ao longo do tempo. Isso acontece especialmente com itens de imobilizado de uma organização em função do fator tempo — como imóveis, veículos e equipamentos, por exemplo.
Existem algumas formas que as empresas usam para calcular a depreciação dos seus bens e, entre elas, está a depreciação linear, a qual veremos com mais detalhes a partir de agora.
Como funciona a depreciação linear?
A depreciação linear é uma das maneiras mais utilizadas pelas empresas para calcular a perde de valor dos seus bens. Ele é também o formato mais simples, partindo do princípio que ela ocorrerá de maneira proporcional e, como o próprio nome já indica, linear.
O objetivo desse modelo é, portanto, dividir a perda de valor de acordo com os anos de vida útil do objeto em questão. Cada tipo de bem apresenta a sua perda de valor por ano em função dessa vida útil.
A seguir, listamos alguns exemplos da perda de valor anual.
- Edifícios: 4%
- Máquinas: 10%
- Equipamentos: 10%
- Móveis: 10%
- Veículos: 20%
- Computadores: 20%
Importante mencionar que a depreciação não significa que o valor do bem será nulo (ou seja, zero) após a sua vida útil. Para isso utiliza-se o conceito de valor residual (o quanto ele vale após o seu esgotamento).
Como calcular a depreciação linear?
Agora que você já entende bem o conceito da depreciação linear, vamos compreender a melhor maneira de calcular a perda de valor que a empresa precisa lançar em seus relatórios financeiros.
A fórmula utilizada para calcular a depreciação linear anual de um bem está destacada a seguir, considerando preço de compra, valor residual e a vida útil do mesmo:
Depreciação linear anual = (Custo do bem - Valor residual) / Vida útil do bem
Vamos a um exemplo prático. Suponha que você tenha um equipamento cujo custo de aquisição foi de R$50.000. Neste caso, ele não terá mais valor após o período de vida útil (ou seja, sem valor residual). Considerando que esse tipo de bem costuma durar 10 anos, podemos aplicar a nossa fórmula:
Depreciação do equipamento = (50.000 - 0) / 10 = 5.000
Ou seja, nesse caso fictício, a depreciação linear será de R$5.000 a cada ano até o final da sua vida útil. Simples de calcular, não?
Depreciação é custo ou despesa?
Uma dúvida comum sobre os relatórios financeiros empresarias está sobre a forma de contabilizar os valores da depreciação linear. Afinal, eles entram como custo ou despesa? Depende!
Se o bem em questão tiver emprego direto na operação da empresa, ele deve ser considerado como um custo. É o caso de máquinas e equipamentos, por exemplo. No caso de não existir essa ligação, o bem passa a ter sua depreciação como despesa.
Existe uma diferença importante nesse sentido, pois custos são atrelados à receita gerada pelos produtos e serviços. Como consequência, eles reduzem o valor a ser pago no Imposto de Renda.
Portanto, o lançamento precisa ser feito de maneira correta e respeitando as determinações da Receita Federal, inclusive no que diz respeito ao tempo de vida útil para cada objeto.