Déficit de empresas
O que é Déficit?
De todos aqueles presentes no vocabulário da Economia, o conceito de déficit é um dos mais conhecidos e definido quase por intuição pela maior parte das pessoas. Afinal, não são raras as vezes nas quais ouvimos nos telejornais que houve déficit do orçamento público, por exemplo.
Déficit em empresas significa que as despesas da mesma superam suas receitas, deixando o orçamento no negativo. Traduzindo para o vocabulário da contabilidade, há déficit em uma corporação quando a quantidade de passivos é superior à quantidade de ativos.
Sendo assim, ele é - ao contrário do superávit - a falta ou perda de recursos financeiros causados por um desequilíbrio entre as receitas e as despesas. Tal desequilíbrio pode ter diversas causas que, quando não identificadas, podem gerar um ciclo vicioso.
A seguir, vamos explorar quais podem ser as possíveis causas e soluções para esse problema contábil.
Quais as causas de Déficit?
Gerir um negócio exige muita atenção e expertise. Por vezes, problemas na gestão podem estar associados ao déficit em empresas.
Evidentemente não é sempre esse o caso, porém, a gestão é um ponto de atenção quando falamos sobre balanço patrimonial. Isso porque, tentativas de aumentar os rendimentos, dificuldades em aproveitar oportunidades e identificação de baixa produtividade, são fatores associados ao problema.
No setor comercial, por exemplo, o aumento no prazo médio de vendas frequentemente é usado como estratégia para atrair mais clientes. Ainda que tal estratégia produza o resultado esperado, a consequência dessa concessão pode ser diminuição do capital de giro se não houver planejamento adequado.
Assim, pode ser que haja desequilíbrio financeiro e, portanto, um desfalque no caixa.
Um outro caso de desequilíbrio financeiro muito comum no comércio e em indústrias de transformação é o crescimento sem planejamento. Nesses casos, o mau planejamento gera, de maneira contraditória, uma alta taxa de crescimento com rendimentos iguais ou abaixo dos períodos anteriores.
Novamente, a má gestão de recursos pode levar ao déficit mesmo quando há crescimento da empresa!
Há também casos nos quais a retirada dos sócios é superior ao que a empresa consegue pagar. Essa ação também está associada a um desequilíbrio gerado pelo crescimento da empresa, que conduz à euforia e retiradas de capital levando ao déficit nas contas.
Por outro lado, se há fatores de gestão interna que podem produzir déficit, também há fatores externos que geram o mesmo tipo de consequência, ainda que haja uma boa gestão.
Quando há inadimplência generalizada, por exemplo, a concessão de crédito por parte da empresa fica limitada. A inadimplência pode ser causada por muitos fatores distintos que podem, inclusive estar combinados.
O fato é que isso prejudica não apenas a quantidade de vendas, mas também a capacidade de o cliente pagar e, portanto, a arrecadação da empresa. Adivinha só? Fator determinante para o déficit.
Crises e retração econômica podem também ser uma causa de déficit que não depende diretamente da capacidade de gestão da empresa. É importante se atentar para o fato de que não são apenas as retrações causadas por grandes crises que podem gerar esse desequilíbrio.
Há períodos nos quais setores específicos sofrem quedas e comumente afetam, em maior ou menor grau, outros setores, sabe?
Quais são os sintomas de Déficit (empresas)?
Conforme dissemos, existem causas internas e externas para o déficit em empresas.
Porém, não parece muito claro como identificar se há déficit ou não, sobretudo pelo fato que todos os negócios passam por períodos nos quais geram mais ou menos rendimentos.
O sintoma mais claro de déficit é a incapacidade de gerar caixa e a dependência constante de empréstimos. Esse não é o único sintoma, mas é um dos mais importantes, pois ele demonstra a entrada em um ciclo vicioso no qual empréstimos são feitos para sanar dívidas pendentes.
Isso demonstra que a empresa não consegue produzir capital de giro com aquilo que arrecada e certamente é um alerta vermelho para o déficit.
Outros sintomas que podem ser citados é a troca constante de fornecedores, que indica falta de recursos para pagar os insumos necessário para os negócios; e mudança de foco das empresas, demonstrando que as atividades atuais não suprem as necessidades de geração de rendimentos para os sócios.