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Custo de Capital

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:27/05/2020 às 12:30 - Atualizado 4 anos atrás
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O que é Custo de Capital?

Custo de Capital é um termo que pode ser usado em diferentes contextos, com sentidos ligeiramente diferentes. Porém, o sentido mais básico do termo é o preço que é preciso pagar para ter acesso a um determinado capital. Em outras palavras, o custo de capital é representado pela taxa de juros aplicada ao se emprestar ou tomar emprestado qualquer valor.

Entendendo o Custo de Capital

Na economia, tudo tem um custo. Portanto, o próprio dinheiro também tem um custo.

Vamos entender melhor com um exemplo.

Suponha que Carlos tem uma ideia para um excelente empreendimento. Porém, ele não tem dinheiro para fazer essa ideia sair do papel. 

Carlos decide falar com seu amigo Pedro, que tem um dinheiro guardado, e pedir um empréstimo. Pedro aceita fazer o empréstimo, mas, para isso, ele vai cobrar uma taxa de juros de 5% ao mês. Carlos pega R$ 10 mil, e deve devolver após 30 dias; ou seja, ele vai devolver R$ 10.500,00 para Pedro. 

Esses R$ 500,00 de diferença são o custo de capital. Eles são o preço que Carlos precisa pagar para ter acesso aos R$ 10 mil durante um mês. Olhando por outro lado, eles são a “remuneração” de Pedro pelo empréstimo do seu capital.

É importante perceber que o custo de capital, ou seja, a taxa de juros aplicada sobre o capital, tem dois lados: para quem pega o dinheiro, é um custo, um preço a pagar; para quem empresta, é uma remuneração, um rendimento. 

Por que é importante conhecer o Custo de Capital?

O principal motivo pelo qual é importante conhecer o custo de capital é que isso permite tomar decisões melhores. 

Vamos voltar ao nosso exemplo; suponha que Carlos tivesse outro amigo, João, que aceitaria fazer o mesmo empréstimo cobrando apenas 2% ao mês. Isso significa que o preço que Carlos teria que pagar, pelos R$ 10 mil, seria somente R$ 200,00. Logo, o custo de capital nesse caso é muito menor, tornando a proposta de João mais interessante.

Esses são exemplos simples. Porém, na realidade de uma empresa, existem situações bem mais complexas em que é preciso avaliar o custo de capital. 

Por exemplo, se uma multinacional farmacêutica quer levantar recursos para comprar uma concorrente, ela pode comparar o custo de capital da emissão de debêntures (títulos de dívida, que garantem ao debenturista o pagamento de um certo valor no vencimento) com o custo de capital da emissão de ações preferenciais (títulos que representam parcelas do capital social da empresa, garantindo participação acionária).

Perceba que essa é uma situação em que o custo de capital não é tão óbvio, por três motivos.

Primeiro, porque envolve instrumentos complexos para a obtenção de capital; não se trata de um simples empréstimo. Segundo, porque os valores em questão são muito altos. Terceiro, porque está ligado a um capital cujo custo não vai se resolver em questão de meses; os reflexos da emissão de papeis como debêntures e ações são observados ao longo de anos.

Portanto, é necessário fazer uma análise para determinar qual alternativa pode garantir que a empresa pague o menor “preço” pelo dinheiro que ela precisa para levar seu projeto adiante.

Resumindo, entender como funciona o custo do capital e calcular esse custo em diferentes alternativas para obter recursos financeiros é indispensável para que seja possível tomar decisões estratégicas nas empresas.

Como o custo de capital é determinado?

Do ponto de vista de quem cede o capital, o custo de capital é uma remuneração, como já foi apontado. Essa remuneração é compatível com o risco. Quanto maior o risco de não conseguir de volta seu dinheiro, maior a remuneração exigida.

Vamos voltar ao exemplo de Carlos. Se os seus amigos, Pedro e João, acharem que a ideia de Carlos para um empreendimento não é tão boa assim, ou que ele não é muito confiável para cuidar do dinheiro. Porém, em vez de oferecer taxas de juros “camaradas”, eles vão querer cobrar taxas mais altas, para compensar o risco de que Carlos perca tudo e nunca devolva o dinheiro.

No exemplo da farmacêutica, se a empresa tem apresentado resultados financeiros ruins, mesmo que ela emita as debêntures para levantar capital, ela vai ter que oferecer uma remuneração bem alta para que investidores arrisquem comprar esses papeis. 

Portanto, a conclusão é que o risco é um fator determinante para o custo de capital. Quanto maior o risco, maior o custo de capital.

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