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Compra em Margem

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:13/07/2021 às 02:12 - Atualizado 3 anos atrás
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O que é Compra em Margem?

Uma Compra em Margem nada mais é do que a aquisição de ações utilizando recursos próprios e financiados por uma corretora de valores. Logo, trata-se de uma espécie de fundo de compra de valores mobiliários — diretamente atrelados a determinados fatores de garantia do “empréstimo”.

Vale lembrar que no mercado financeiro, uma margem pode ser entendida como uma relação na qual o depositário (investidor) garante os recursos necessários para compensar integral ou parcialmente o risco de crédito à parte contrária, isto é, às corretoras.

Basicamente, essa estratégia tem como objetivo aumentar o potencial de ganho em um menor tempo, muito embora possa gerar importantes riscos de perda. Por conta disso, esse tipo de relação pode ser, para um grande número de investidores, uma ameaça dispensável ao seu patrimônio, como veremos a seguir.

Como ocorre a Compra em Margem?

Para compreender adequadamente o funcionamento dessa estratégia de investimento, é preciso destrinchar o processo, excluindo todas as despesas relacionadas ao seu custo operacional. Isso ocorre porque, apesar das taxas de juros exercerem influência sobre eventuais lucros ou prejuízos, elas têm menor representatividade quanto à Compra em Margem propriamente dita.

Considerando que um indivíduo decida investir em 100 ações de determinada companhia a um custo de 100 reais por ação, ele aplicará 50% do preço de compra utilizando recursos próprios. Sendo assim, os outros 50% passam a ser investidos na margem, isto é, com recursos da corretora. Portanto, o seu aporte inicial será de apenas 5 mil reais.

Tendo em vista a elevação do preço de cada ação para 200 reais, por exemplo, o investidor poderá negociar os seus papéis por 20 mil reais e, em seguida, devolver ao corretor apenas o montante emprestado inicialmente. Consequentemente, o seu lucro terá sido triplicado, haja vista que lhe sobrarão 15 mil reais.

Em contrapartida, um investimento único, isto é, sem o financiamento de uma corretora, incorreria no retorno de apenas 10 mil reais. Além disso, caso o preço da ação caísse pela metade, a negociação dos papéis ocorreria em prejuízo. Portanto, a perda seria de 100% dos recursos aplicados, uma vez que lhe retornaria tão somente os 5 mil reais “emprestados”.

Como fazer uma Compra em Margem?

Para realizar um investimento em margem e aumentar o seu potencial de lucro em menos tempo é preciso adequar-se às regras definidas pelo corretor. De modo geral, a margem inicial, assim como a margem de manutenção são definidas antes da efetivação dessa transação.

Nesses casos, o valor é pautado, entre outros critérios, principalmente pela análise de crédito do investidor. Portanto, a margem de manutenção pode ser imposta pela corretora, de modo a garantir o retorno do valor aplicado em margem. Portanto, trata-se de um saldo mínimo retido em uma conta da corretora.

Em termos práticos, imaginando que o interessado faça um aporte de 10 mil reais, por exemplo, sua margem de manutenção será de 5 mil, ou seja, de 50%. Dessa forma, havendo o patrimônio líquido do investidor desvalorizado abaixo da margem, a corretora pode exigir um novo aporte de fundos para trazer o saldo a um ponto positivo.

Quais as desvantagens dessa estratégia?

Em linhas gerais, essa não é uma estratégia indicada para qualquer tipo de investidor. Isso porque é preciso contar com algumas características específicas, como tolerar eventuais perdas, por exemplo. Dessa forma, inicialmente essa estratégia é mais comumente utilizada por investidores com perfil mais arrojado ou agressivo.

Também é importante lembrar que na Compra em Margem, existem riscos em potencial que devem ser analisados de forma criteriosa. Em casos onde há uma queda significativa no mercado de valores mobiliários, essa estratégia passa a oferecer riscos significativos, inclusive para investidores experientes.

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