Carteira de Ações
O que é uma carteira de ações?
Uma carteira de ações nada mais é do que um conjunto de empresas que você escolhe para investir, de modo que elas passam a fazer parte da sua carteira de investimentos.
É fundamental trabalhar com um portfólio diversificado, pois a renda variável traz um cenário de risco que pede essa prática. Assim, uma forma de mitigar sua exposição em relação a uma determinada empresa é ter diversos papéis dentro dos investimentos.
Não há um número mágico para a sua carteira de ações, mas é recomendável que o seu portfólio tenha ao menos dez papéis.
Como funciona uma carteira de ações?
É claro que, no processo de formulação de uma carteira de ações, você não vai escolher papéis aleatoriamente. O ideal é usar de estratégias e filtros que permitam a seleção de boas oportunidades no mercado de capitais.
Existem dois métodos que são bastante comuns, especialmente para investidor de longo prazo (estratégia de Buy & Hold):
- Estratégia de dividendos: neste caso, o objetivo é comprar empresas maduras e consolidadas, com forte geração de caixa e que possuam bom pagamento de proventos aos seus acionistas.
- Estratégia de valor: outra forma de abordar as ações bem comum é comprar papéis pensando na sua valorização de longo prazo, permitindo a venda da ação em um preço acima do que foi pago na compra. Para essa estratégia, o perfil da companhia já não é tão consolidado, apresentando maior espaço para crescimento.
Claro que, neste caso, são exemplos de estratégias de longo prazo. Existem muitas formas de montar uma carteira de ações, sendo fundamental ponderar o seu perfil de investidor antes de definir uma metodologia de seleção dos papéis que farão a composição do seu portfólio.
Como montar uma carteira de ações diversificada?
Como já mencionamos anteriormente, a diversificação de uma carteira de ações é extremamente importante pensando na redução do risco das suas ações. O ideal é que o seu portfólio tenha empresas de diferentes estruturas, características e, principalmente, setores.
Vale lembrar que a Bolsa de Valores tem empresas de segmentos bem diferentes. Para ajudá-lo a entender isso, veja abaixo alguns exemplos de setores e de empresas:
- Utilities: Energias do Brasil, Alupar, Sanepar, Sabesp;
- Commodities: Petrobrás, Klabin, Suzano;
- Indústria: Metal Leve, CSN, Gerdau;
- Financeiro: Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Porto Seguro;
- Comércio & Varejo: Lojas Renner, Magazine Luiza, Lojas Americanas;
- Imobiliário: BRMALLS, Cyrela, Iguatemi.
Veja que são empresas cujo modelo de negócio são completamente diferentes entre si e, consequentemente, apresentam características diversas também. Ações do setor de utilities, por exemplo, costumam ser mais defensivas em relação ao risco. Já companhias aéreas, por outro lado, estão muito mais expostas já que possuem custo em dólar e dependem do preço do petróleo como combustível.
Outra forma bacana de diversificar sua carteira de ações é ter no seu portfólio empresas com correlação negativa. Você pode, por exemplo, ter em carteira um banco e uma empresa do varejo.
Se a Taxa Selic (nossa taxa básica de juros) aumenta, isso é ruim para a empresa do varejo, mas permite aos bancos maiores lucros em caso de empréstimo. Já quando ela baixa, a relação se inverte, incentivando o consumo e reduzindo as margens bancárias.
Vale a pena seguir uma carteira de ações recomendada?
Pensando na importância da composição de uma carteira de ações, muitas corretoras apresentam uma carteira recomendada — nada mais é do que a criação de um conjunto de papéis que os investidores podem seguir.
O ideal, no entanto, é que você faça a sua própria gestão de empresas que farão a composição do seu portfólio. Carteiras recomendadas são genéricas e não levam em consideração os seus objetivos pessoais e perfil de risco.