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Câmbio Flutuante

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:25/04/2019 às 08:04 - Atualizado 5 anos atrás
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O que é o câmbio flutuante?

O câmbio flutuante é um tipo de regime cambial caracterizado pela "liberdade" das cotações, que são continuamente atualizadas conforme as variações de oferta e demanda de moeda no mercado. Ou seja, quanto mais agentes econômicos estão dispostos a adquiri-las, maior ao seu valor; por outro lado, se o número de compradores cai, o seu valor também diminui.

O câmbio flutuante é amplamente difundido ao redor do mundo, se consagrando como modalidade majoritária na economia global. Inclusive, é atualmente adotada também no Brasil.

Ainda assim, é comum que os países transitem entre fases de câmbio flutuante e de câmbio fixo. Esse último se caracteriza como o exato oposto do câmbio flutuante, justamente por retirar do mercado financeiro a autonomia para regular as cotações. Ao adotar o regime de câmbio fixo, o Estado toma para si a responsabilidade de definir o valor de uma moeda (que pode ser o euro, o iene ou qualquer outra, mas em geral está referenciada ao dólar).

Para se ter uma ideia, o Brasil se tornou adepto do câmbio fixo pela última vez em 1994 (durante a implementação do Plano Real) e desde 1999, se rendeu ao câmbio flutuante. Mesmo que esse último período já dure mais de duas décadas, nunca se pode descartar um retorno ao modelo anterior - isso porque essas modificações obedecem, sobretudo, aos interesses governamentais.

Como o câmbio flutuante funciona?

Se você já está familiarizado com termos como a inflação e deflação, sabe que os preços (desde o supermercado até a farmácia) obedecem às dinâmicas de consumo.

O que isso quer dizer?

Bom, pense na seguinte situação: você cultiva o seu próprio jardim regando e cuidando de cada planta com todo carinho. Além da própria grama, que cresce de forma acelerada e precisa ser cortada frequentemente, você também possui algumas flores lindas, como rosas e girassóis.

Até que, num belo dia, você decide plantar uma jasmim-manga. Como ninguém tem uma dessas na sua vizinhança, todos começam a vir até o seu jardim contemplá-la… Assim, em um cenário de encantamento geral, você começa a receber as primeiras ofertas para vendê-la. As pessoas estão realmente interessadas em adquirir a sua jasmim-manga, dando lances cada vez maiores para serem os compradores escolhidos.

Mas espera aí! Quantos te procuram interessados na sua grama ou nas suas outras flores? A verdade é que elas são tão abundantes e comuns em todos os quintais que, mesmo que você decidisse vendê-las, teria que indicar um valor realmente baixo para persuadir um possível comprador.

No mercado cambial, isso também acontece: moedas menos procuradas e/ou disponíveis em maiores quantidades, tendem a ser comercializadas a preços menores, enquanto moedas mais procuradas e/ou em menor quantidade no mercado, por sua vez, forçam os compradores em potencial a dar lances de maior valor para comprá-las.

O que o regime flutuante faz, portanto, é deixar que o mercado desenvolva essa relação livremente. Se uma moeda tem mais oferta do que procura, a cotação cai; do contrário, ela sobe. Assim, os agentes econômicos têm independência para operarem.

Como os regimes de câmbio flutuante e de câmbio fixo se relacionam entre si?

Como já te contamos na primeira seção, os regimes de câmbio flutuante e de câmbio fixo são alternadas pelos países no decorrer do tempo, conforme as suas políticas monetária e cambial evoluem.

Ainda assim, existe uma terceira modalidade que é tida como uma intermediária entre essas duas primeiras. Embora não seja considerada um regime cambial propriamente dito, a “flutuação suja" reúne características tanto do regime flutuante quanto do regime fixo.

Enquanto o regime adotado oficialmente é o flutuante, onde a cotação normalmente varia de acordo com a oferta e a demanda, o Estado ainda interfere nela através de medidas com a manipulação da moeda disponível.

O objetivo, nesse caso, é garantir que o Banco Central possa controlar o câmbio em caso de flutuações substanciais.

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