Brexit
O que é Brexit
Brexit é o nome dado à saída do Reino Unido da União Europeia, sendo que o termo em si é a união das palavras British, que significa britânico, ou seja, quem vive no Reino Unido, e a palavra exit, que tem tradução de saída. Ou seja, representa a "saída britânica".
Embora o termo Brexit tenha se tornado mais comum nos últimos anos, a saída do Reino Unido da União Europeia é um desejo de muitas pessoas que vivem naquele país. Há também partidos políticos e grupos de interesse que tem esse objetivo, desde 1973.
Esse ano marca o momento em que o Reino Unido entrou no bloco, mostrando que há pessoas que nunca concordaram com a entrada na União Europeia. Uma curiosidade é que o termo Brexit é semelhante à expressão Grexit.
Vale lembrar que Grexit se refere à possível saída da Grécia da zona do euro, desejo que se mostrou mais forte em 2012, quando surgiu o termo. De lá para cá, outros países que almejaram a mesma saída cunharam termos semelhantes.
Como funciona o Brexit
Para entender como funciona o Brexit, é importante saber que a saída dos países da União Europeia é um direito de todos os seus membros. Ao menos, é o que diz o Tratado da União Europeia, no seu artigo 50.
Porém, não se trata de uma medida simples, pois a saída não é uma unanimidade. Além disso, vale a pena ressaltar que, desde a criação da União Europeia, em 1957, nenhum país saiu, mesmo havendo iniciativas nesse sentido.
E, de acordo com as regras, após a comunicação da decisão de saída de um país da União Europeia, o mesmo deve fazer isso depois de transcorridos dois anos. O prazo do Brexit era março de 2019, pois o comunicado ocorreu em 2017.
A demora se dá porque o Reino Unido deve criar um acordo de retirada, com o qual os demais países devem concordar, o que não está acontecendo.
A responsável pelas regras do "divórcio", como está sendo chamado, é a primeira-ministra britânica, Theresa May.
Nele, deve constar o quanto o Reino Unido deve pagar à União Europeia devido à quebra de contrato; o que vai acontecer com cidadãos britânicos que moram em outros países da Europa e com os europeus que vivem no Reino Unido; entre outros pontos.
História do Brexit
Como já dito, o Brexit não é um desejo recente de muitos cidadãos e grupos do Reino Unido. A história começa em 1975, apenas dois anos depois da adesão ao bloco, quando um referendo convocou a população a dar a sua opinião sobre a permanência ou não na União Europeia.
Na ocasião, a maioria discordou do Brexti. Já em 2016, quando um novo referendo foi realizado, o resultado foi favorável à saída. Mesmo assim, mostrou-se bastante dividido.
Isso porque os votos favoráveis à saída foram, principalmente, da Inglaterra e do País de Gales, com exceção de Londres. Já a Escócia, a Irlanda do Norte e Londres, foram os locais onde mais pessoas disseram não ao Brexit (e, portanto, são favoráveis a manutenção na UE).
Vantagens do Brexit
Quem é a favor do Brexit argumenta sobre a suas vantagens. Entre elas, a economia que seria feita, já que os países que pertencem à União Europeia devem fazer uma grande contribuição financeira, todos os anos.
Também defendem que, com a saída, haverá mais liberdade para negociar com outros países.
Há quem defenda ainda, que haveria uma redução dos imigrantes europeus, que custam caro e prejudicam a chegada de outros estrangeiros, que contribuiriam mais com a economia.
Desvantagens do Brexit
Já quem é contra o Brexit lembra que o valor que seria economizado, de qualquer forma, seria usado, pois é o preço para ter acesso ao livre mercado europeu. Também argumentam que a imigração não vai diminuir com a mudança.
Além disso, levantamentos apontam que, no geral, os imigrantes pagam mais impostos do que gastam com os benefícios sociais. Outra justificativa é o abalo nas relações comerciais com empresas de outros países.