Berkshire Hathaway
O que é a Berkshire Hathaway?
Berkshire Hathaway é um conglomerado empresarial com sede em Nebraska, nos EUA. Entre outras, ela detém a propriedade total das marcas GEICO, Duracell, Dairy Queen e Helzberg Diamonds, além de ter participações em empresas como Kraft Heinz Company e The Coca-Cola Company.
A empresa é conhecida por ser liderada por Warren Buffett, que ocupa o cargo de CEO e presidente do board de diretores. De acordo com a lista Forbes Global 2000, é a 3ª maior empresa listada em bolsa de valores do mundo, o 10º maior conglomerado por receita, e a maior empresa de serviços financeiros do mundo por receita.
História da Berkshire Hathaway antes de Buffett
A origem da Berkshire Hathaway está associada com uma empresa de manufatura têxtil, fundada por Oliver Chace em 1839. Essa empresa chamava-se Valley Falls Company, pois ficava em Valley Falls, no estado de Rhode Island.
Em 1929, essa empresa passou por uma fusão com a Berkshire Cotton Manufacturing Company, também do ramo têxtil. Juntas, elas formaram a Berkshire Fine Spinning Associates.
Em 1955, essa nova empresa passou por uma fusão com a Hathaway Manufacturing Company, que também estava ligada ao setor têxtil, mas lucrava principalmente com o comércio com a China e a caça de baleias.
Com a fusão, surgiu a Berkshire Hathaway. Na época, ela somava 15 plantas industriais, com mais de 12 mil funcionários e US$ 120 milhões em receita. Porém, após cerca de uma década, ela já tinha fechado sete das plantas e demitido uma boa parte dos funcionários.
História da Berkshire Hathaway depois de Buffett
Em 1962, o investidor Warren Buffett tinha começado a notar um padrão nas tendências de preço das ações da Berkshire Hathaway, que se repetia sempre que ela fechava mais uma unidade. Ele começou a aproveitar a oportunidade para comprar as ações da empresa.
Pouco tempo depois, Buffett concluiu que o negócio têxtil estava em decadência e não ia se recuperar. Então, em 1964, Stanton – que era o presidente da Hathaway Manufacturing, e continuou na empresa depois da fusão – chegou a oferecer um certo valor para comprar de volta as ações de Buffett. Porém, ele não aceitou, e começou a comprar ainda mais ações. Eventualmente, assumiu o controle da Berkshire Hathaway e demitiu Stanton.
Inicialmente, Buffet manteve a indústria têxtil como o coração do negócio. Porém, em 1967, já estava expandindo por meio do investimento e aquisição em áreas como a indústria de seguros. Por exemplo, no final dos anos 1970, comprou parte das ações da GEICO. Em 1985, fechou completamente as atividades têxteis da Berkshire Hathaway.
Apesar do enorme conglomerado que a empresa veio a se tornar, em 2010, Buffett chegou a afirmar que comprá-la foi o maior erro que cometeu como investidor. Segundo ele, se tivesse investido seu dinheiro diretamente em negócios de seguros (em vez de comprar a Berkshire e, através delas, realizar esses investimentos), ele teria ganho centenas de vezes mais.
Planos de sucessão para a Berkshire Hathaway
Conforme Buffett fica mais velho, a preocupação com o processo de sucessão na Berkshire aumenta.
Em 2010, três anos antes de completar 80 anos, ele afirmou que seria substituído por um time composto por um CEO e três ou quatro gestores de investimento, cada um responsável por uma parte do portfólio de investimentos da empresa.
Em 2012, em uma carta anual aos acionistas, Buffett afirmou que seu sucessor havia sido selecionado internamente. Porém, não divulgou quem seria. Críticos apontaram que essa falta de clareza só criava insegurança para os investidores da Berkshire.
O último desenvolvimento foi no começo de 2018, quando Ajit Jain e Greg Abel foram indicados para dividir a vice-presidência do board de diretores. Especula-se que eles seriam a escolha lógica para sucedê-lo como CEO e presidente do board. Porém, nenhuma outra informação concreta foi apresentada desde então.