Barreira (operações estruturadas)
O que é barreira nas operações estruturadas?
A barreira é um nome empregado no mercado financeiro para mencionar limites para lucros os perdas dentro de um investimento. Geralmente, ela é empregada nos Certificados de Operações Estruturadas, conhecidos como COE.
Essas operações estruturadas nada mais são do que um investimento que combina diferentes modalidades de ativos, permitindo assim que eles se compensem e reduzam os riscos oferecidos ao investidor.
O formato mais comum é que essa mescla ofereça um equilíbrio entre a renda fixa e a renda variável. É possível, por exemplo, ter um investimento em opções de uma empresa e, ao mesmo tempo, o dinheiro em um título público de baixo risco (como o Tesouro Selic).
Quais são os tipos de barreira existentes?
Em resumo, existem dois formatos que podem ser utilizados nas operações estruturadas e que chamamos popularmente de barreira no universo dos investimentos. São eles:
- Barreira de alta: é uma limitação sobre os ganhos do investimento;
- Barreira de baixa: é uma limitação das perdas do investimento.
Neste ponto, vale observar ainda que existem dois formatos para os investimentos das operações estruturadas:
- Capital Nominal Protegido: nesta modalidade, o investimento realizado é protegido. Isto é, na pior das hipóteses, o dinheiro utilizado para a operação é devolvido, sem qualquer perda além da desvalorização do capital em função da inflação;
- Capital Nominal em Risco: aqui, assim como em outros tipos de investimentos, há risco de perdas. O investidor deve estar ciente deles antes de seguir com o aporte.
Quais são as vantagens das barreiras nas operações estruturadas?
As barreiras apresentam condições bem específicas para os investimentos. Geralmente, o maior benefício encontrado é um maior controle sobre o que vai acontecer com o capital. Isso porque, como já destacamos, os ganhos e as perdas possuem limites definidos com antecedência.
Desta forma, temos nas operações estruturadas uma boa porta de entrada na renda variável para aquele investidor que tem maior aversão ao risco e não lida bem com perdas. Especialmente usando do Capital Nominal Protegido, ele fica livre de sair do investimento com menos dinheiro do que entrou.
Por fim, também como vimos, uma operação estruturada é uma combinação de diferentes ativos. Assim, é uma forma de obter uma diversificação de forma facilitada, sem precisar investir nos ativos individualmente e calcular as proporções adequadas de capital (algo que pode ajudar o investidor iniciante).
Exemplo de barreira nas operações estruturadas
Para que tudo isso fique mais fácil de assimilar, vamos conferir um exemplo. Suponha que você investiu em uma operação estruturada cuja barreira de alta era de 10% e a barreira de baixa também era de 10%.
Com base nesse critério, podemos traçar alguns dos possíveis cenários com esse investimento:
- Se o investimento valorizou em 20%, o seu ganho será limitado em 10% em função da barreira de alta. O restante não entrará na sua conta. Vale frisar que, apesar de parecer negativo, esse é o "custo" de uma proteção para perdas;
- Se o investimento valorizou em 8%, por outro lado, você poderá receber todo lucro obtido na medida em que ele não superou o limite estabelecido por meio da barreira de alta;
- Se o investimento apresentou queda de 5%, o prejuízo deve ser assumido pelo investidor, pois ele é inferior à barreira de baixa. As perdas só estariam limitadas acima de 10%;
- Por fim, se o investimento resultar em uma desvalorização de 28%, a perda financeira do investidor será apenas de 10%. Esse é o valor máximo que ele teria em risco em função da barreira de baixa estabelecida pela operação.
Como podemos perceber, portanto, as barreiras de uma operação estruturada geram um maior controle sobre o que vai acontecer com o investimento.