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Angela Merkel: saiba quem é e sua importância

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:30/03/2022 às 06:47 - Atualizado 2 anos atrás
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Angela Dorothea Merkel nasceu em 1954 na cidade de Hamburgo na Alemanha Ocidental. Mudou para a Alemanha Oriental onde se formou em química quântica em 1986.

Após a Primavera das Nações em 1989, Merkel entrou na política. Atuou como porta-voz, foi eleita a Deutscher Bundestag – Parlamento da República Federal da Alemanha e também se tornou Ministra do Meio Ambiente.

Em sua vida pessoal, Merkel casou com Ulrich Merkel, estudante de física, mas divorciou-se em 1982. Seu atual marido chama-se Joachim Sauer, químico quântico e professor.

Merkel não possui filhos, no entanto, é chamada de “Mutti”(mamãe) pelos Alemãs. Para Gero Neugebauer, esse apelido tem um significado positivo. Mutti significa alguém que está protegendo seus filhos, cuidando dos problemas, colocando-os de baixo de suas asas.

Na política

Merkel foi eleita como a primeira chanceler da Alemanha de 2005 a 2011 – cargo equivalente a primeiro-ministro. Merkel foi a primeira mulher a chefiar um governo na Alemanha sendo considerada a mulher mais poderosa do mundo.

Eleita em 2005 e reeleita em 2009, 2013 e 2017. Liderou os alemães durante a crise financeira internacional de 2008, a crise da Zona do Euro, a anexação da Crimeia, na Ucrânia, pela Rússia, em 2014, a crise dos refugiados na Europa, em 2015 e 2016, e durante a pandemia de Covid-19.

Apesar de seu prestígio, Merkel não se candidatou em 2021 e informou que não possuí mais interesse em trabalhar ativamente na política.

A liderança de Merkel

Com poucas palavras e muita seriedade, Merkel está sempre com as mãos unidas, como quem pensa no que deve ser dito. Entre os alemães, “Zu Merkeln” se tornou verbo, que significa não ter opinião sólida, ser passiva ou hesitante. Apesar do verbo soar negativo, na política, pode ser positivo. Merkel pensa cuidadosamente antes de falar e agir.

É por isso que recentemente, durante as tensões entre a Rússia e a Ucrânia, Andrey Kortunov, chefe do Conselho dos Assuntos Internacionais da Rússia, acredita que Merkel pode ser a pessoa certa para a mediação desse conflito.

Liderança flexível

Na política Merkel tinha posicionamentos sólidos a respeito de alguns assuntos, mas conseguiu mudar de opinião sem que isso pudesse ferir sua figura pública.

Em 2011, após o Tsunami no Pacifico e o desastre Nuclear no Japão, Merkel mudou de posição e se comprometeu em eliminar todas as usinas nucleares da Alemanha. Apesar de suas crenças e de seu partido CDU(União democrata cristã), seu partido, em 2017 Merkel conduziu a legalização da União Homoafetiva junto ao parlamento.

A Chanceler afirmou que apesar de ter votado contra o projeto, gostaria a legalização pudesse trazer um pouco mais de paz e coesão social.

Em 2015, durante a crise migratória, com a Guerra na Síria e conflitos no Afeganistão e no Iraque, no mais de um milhão de imigrantes e refugiados entraram no continente Europeu. Merkel adotou uma política ousada de portas abertas, recebendo o maior número de imigrantes. Neste ano, Merkel foi capa da Revista Time como “Person of the year”, na tradução, pessoa do ano. Apesar das críticas, Merkel permaneceu com sua posição.

Em 2008, na crise financeira da Europa, a política de socorro realizada por Merkel gerou incomodo na população, mas solidificou sua imagem como líder global, garantindo-o sempre seu apoio e cuidado ao contribuinte alemão.

Em 2019, Merkel conduziu a pandemia com seriedade, frisando a importância da atuação solidária da comunidade. A partir do discurso, a Chanceler conseguiu o apoio popular para que decretassem o lockdown – atitude que gerava resistência devido ao custo financeiro desta medida.

Os próximos passos de Merkel

Os planos de Angela Merkel ainda não foram abertos a público. De forma reservada, há informações de que a ex-chanceler tem pretensões de escrever um livro sobre suas decisões politicas e sua vida.

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