Taxa de desemprego fica em 11,1% no trimestre até março, revela IBGE
Resultado ficou bem perto da projeção dos analistas, que esperavam 11,4%
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,1% no trimestre encerrado em março, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou bem perto do piso das expectativas dos analistas, que estimavam uma taxa de desemprego entre 11,0% e 11,7%, com mediana de 11,4%.
Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,9%. No trimestre encerrado em fevereiro de 2022, a taxa de desocupação estava em 11,2%.
Renda e trabalho
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.548 no trimestre encerrado em março. O resultado representa queda de 8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 237,673 bilhões no trimestre até março, alta de 0,2% ante igual período do ano anterior, segundo o IBGE.
No trimestre terminado em março, faltou trabalho para 26,812 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 24,3% no trimestre até dezembro de 2021 para 23,2% no trimestre até março.
O indicador inclui a taxa de desemprego, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.
No trimestre até março de 2021, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 29,6%. A população subutilizada caiu 5,4% ante o trimestre até dezembro, 1,532 milhão de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até março de 2021, houve um recuo de 20,3%, menos 6,843 milhões de pessoas.
Massa de salários
A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 405 milhões no período de um ano, para R$ 237,6 bilhões, alta de 0,2% no trimestre encerrado em março de 2022 ante o trimestre terminado em março de 2021, de acordo com a pesquisa do IBGE.
Na comparação com o trimestre terminado em dezembro de 2021, a massa de renda real subiu 1,0%, com R$ 2,377 bilhões a mais.
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve elevação de 1,5% na comparação com o trimestre até dezembro, R$ 38 a mais, para R$ 2.548. Em relação ao trimestre encerrado em março do ano passado, a renda média caiu 8,7%, R$ 241 a menos.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, a ligeira melhora na renda média na passagem do trimestre até dezembro de 2021 para o trimestre até março de 2022 é puxada pela saída de trabalhadores informais do mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que ocorre uma recuperação na geração de vagas com carteira assinada no setor privado. / com Agência Estado