Sem elevação do teto da dívida, EUA terão 1º default da história, alerta Yellen
A secretária enfatizou que é importante o Congresso atuar em harmonia com o governo de Biden para evitar uma catástrofe
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, em depoimento ao Senado fez um forte alerta nesta terça-feira, 28, para o Congresso do país atuar em harmonia com o governo do presidente Joe Biden a fim de encontrar um caminho que permita a elevação do teto dos gastos federais.
"Sem a elevação do teto, os EUA ficarão com limitados recursos em 18 de outubro e terão o primeiro default de sua histórica, o que gerará crise e recessão", comentou Yellen.
E acrescentou: "É necessário evitar um evento catastrófico. Minha esperança é que vamos trabalhar junto com o Congresso para evitar um desastre."
Recuperação econômica e inflação
Yellen também ressaltou que a economia do país está em processo claro de recuperação. "A volta do pleno emprego deve ocorrer no próximo ano", disse.
A secretária do Tesouro afirmou ainda que "a inflação nos EUA ficará próxima a 4% no final do ano, mas baixará em seguida".
Insistência no alerta e consequências
De acordo com Yellen, "se o Congresso fracassar para elevar o teto de gastos teremos crise financeira e calamidade".
Ela ressaltou que em tais condições ocorrerá um default do governo americano e como consequência "os juros vão subir e elevar despesas" federais e o pagamento do serviço da dívida pública. "Sem elevação de teto, iremos gerar um auto ferimento de proporção enorme."
Ao ser questionada pelo senador republicano John Neely Kennedy (Louisiana) sobre por que os democratas não elevam o teto de gastos, dado que tem o controle do Congresso, o que levaria necessariamente a uma participação direta dos republicanos para aumentar o limite de despesas federais, Yellen afirmou com voz bem firme: "Elevação de teto visa também pagar contas assumidas pelo Congresso no passado."
A resposta foi uma referência indireta ao aumento de despesas do Poder Executivo promovidas pelos republicanos durante a administração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. / com Agência Estado