Quem é a Apple [AAPL34] e veja se vale a pena investir
A Apple é considerada uma das cinco maiores empresas de tecnologia no mundo. Sua participação no mercado cresce de forma exponencial. As ações da Apple (AAPL34)…
A Apple é considerada uma das cinco maiores empresas de tecnologia no mundo.
Sua participação no mercado cresce de forma exponencial. As ações da Apple (AAPL34) são negociadas diariamente.
Descubra as curiosidades dessa gigante da tecnologia americana e se vale a pena investir nas suas ações.
Quem é a Apple?
A Apple foi criada na Califórnia, nos Estados Unidos, em 1º de abril de 1976, por Steve Jobs, Ronald Wayne e Steve Wozniak, como Apple Computer Inc. Jobs vendeu seu carro e Wozniak a calculadora HP-65 para fundarem a empresa e produzirem computadores.
Em menos de um mês, Ronald Wayne vendeu sua participação na empresa, que era de 10%, por apenas 800 dólares. Hoje, sua parte vale mais que 200 bilhões de dólares, conforme o valor de mercado da empresa.
A Apple é uma empresa de tecnologia que tem como principais produtos os eletrônicos de consumo, computadores pessoais e softwares de computador.
O primeiro computador da empresa não tinha teclado e nem tela. O comercial que lançava o MacIntosh foi dirigido pelo renomado diretor Ridley Scott. O filme se chamou “Allien” e custou 1,5 milhão de dólares. Até hoje, o comercial de 1984 é considerado um dos maiores de todos os tempos.
Seus principais produtos são iPhone, iPad, iPod, Apple Watch, Apple TV e Macintosh. A letra “i” dos produtos significa internet.
O nome e o símbolo da empresa têm origem numa visita que Steve Jobs fez numa fazenda de maças. Ele achou que a fruta era espirituosa e divertida.
A Apple tem várias lojas de varejo em todo mundo. Seus produtos são comercializados para diversos países. Durante muitos anos, a empresa foi considerada a maior do mundo. Nos últimos anos, a Apple perdeu seu posto para Amazon por 5 anos. No entanto, de acordo com o ranking das 500 maiores empresas do mundo, a empresa de Jobs voltou a ser líder.
História da Apple
Depois do lançamento do Macintosh em 1984, o computador foi um sucesso de crítica. No entanto, para o público, o equipamento era lento, caro e pouco acessível, uma vez que poucos programas rodavam nele. Por conta disso, Jobs foi afastado do conselho de administração da Apple.
Steve Jobs deixou a Apple em 1985, vendendo 85.000 ações. No início dos anos 90, a Apple entrou em declínio, quando os computadores da Microsoft e seu sistema operacional Windows passaram a dominar o mercado.
Para tentar se salvar, a empresa passou a produzir diversos produtos, sem sucesso, como caixas de som e câmeras digitais. Em 1996, a Apple adquiriu a empresa que Jobs trabalhava e ele voltou para companhia.
A partir de 1998, a empresa começou a renascer. O iMac foi lançado naquele ano e foi um sucesso de vendas. Em 2001, a Apple lançou o iPod. Em 2006, foi a vez do MacBook.
No ano seguinte, a Apple retirou do seu nome a palavra Computer e passou a ser chamada somente de Apple. Sua intenção era expandir no mercado de eletrônicos. No mesmo ano, ela coloca à venda o iPhone, que revolucionou o mercado de smartphones e se tornou o carro-chefe da empresa até hoje.
Estrutura organizacional da Apple
Steve Jobs levou a Apple a se tornar uma empresa conhecida mundialmente. Após sua morte, em 2011, o CEO Tim Cook assumiu a empresa e lançou 5 modelos de iPhones, além de novos produtos, como Air Pods e Apple Watch.
Sob o comando de Cook, a empresa hoje vale 1 trilhão de dólares. Assim como fazia com Jobs, a estrutura organizacional da empresa é centralizada no seu diretor chefe, Tim Cook. Ele é o responsável pelas diretrizes da Apple e conta com 9 vice-presidentes para ajudá-lo na missão nada simples de substituir Steve Jobs.
Atualmente, 50% das receitas da Apple são atreladas à venda dos iPhones. O sistema operacional iOS desses equipamentos dominam países como Estados Unidos, Japão, Inglaterra, Canadá, Austrália e Arábia Saudita. No resto do mundo, o sistema operacional predominante é o Android, produzido pelas elas empresas Samsung, Motorola e LG.
Novas empresas
Novas empresas têm entrado no setor de tecnologia e produção de eletrônicos de consumo. A principal delas é a chinesa Xiaomi. Em um ano, a empresa comercializou quase 11 milhões de smartphones em todo mundo.
Ações da Apple
Em 1980, a Apple abriu seu capital na NASDAQ (Bolsa de valores norte-americana), com oferta inicial de 22 dólares por ação. No final do mesmo dia, as ações já valiam 29 dólares. Na época, a empresa valia aproximadamente 1,8 bilhão de dólares.
Atualmente, as ações da Apple fazem parte do S&P 500, índice relevante que ranqueia o desempenho das 500 maiores ações dos Estados Unidos. Desde 2012, a Apple é a líder desse ranking.
Seu marco histórico aconteceu já nos anos 2000, quando suas ações chegaram a valer 705,07 dólares. O sucesso das ações da Apple se explica através dos movimentos feitos pela empresa. A cada seis meses, a empresa lança um novo produto com eventos espetaculares e anúncios icônicos.
Além das vendas elevadas de iPhone, AirPods e Apple Watch, a Apple se expande constantemente em outros mercados, como Apple TV, Apple Music, Apple Pay.
Performance de mercado
Atualmente, a Apple está avaliada em 1 trilhão de dólares. O crescimento da empresa é constante. A empresa fechou o ano de 2020 com receita líquida de mais de 250 bilhões de dólares.
O primeiro semestre de 2021 da empresa é promissor. A empresa teve arrecadação recorde em receita no valor de 111,40 bilhões de dólares, quase R$628 bilhões. Comparado com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 21%.
O lucro líquido da Apple também subiu e foi recorde. Apenas nos primeiros três meses deste ano, a empresa teve um lucro de US$ 28,76 bilhões, ou R$ 162,02 bilhões. No mesmo período de 2020, a gigante americana lucrou U$ 22,24 bilhões, ou R$ 125,29 bilhões. Isso equivale a um crescimento de 29,3%.
O CEO, Tim Cook, comemorou os resultados junto aos seus colaboradores. Ele aponta que esse crescimento é o resultado de muito trabalho, com inovação e entrega de produtos de ponta.
A empresa cresceu nos principais mercados: Américas, Europa, Japão, Grande China e outros países da região pacífico/Ásia. Mesmo com o aparecimento da empresa Xiaomi, o maior crescimento da Apple aconteceu na região da Grande China, onde a empresa apresentou um crescimento de 57%. No Japão, o crescimento foi de 33%; na Europa, a subida foi de 14,8%; nas Américas, a Apple cresceu 12% e no resto da região pacífico/Ásia 11,5%.
O produto mais comercializado pela Apple ainda é o iPhone, representando quase 59% da receita total da empresa. Na sequência, vem os seguintes produtos:
- iPad – 7,57%;
- Mac – 7,79%;
- AirPods, Apple Watch, Apple TV e outros acessórios – 11,64%.
Situação atual das ações da Apple
A Apple passou por diversas mudanças ao longo dos anos, na gestão e na produção. Alguns projetos foram abandonados, como os ligados do setor da música. Outros tiveram destaque, como Apple TV e Smartwatches. Além disso, a concorrência ficou mais acirrada com a chegada de novas empresas como Xiamoi, Huawei e Google no setor de produtos eletrônicos de consumo. Esses novos nomes se somaram à concorrência clássica, como LG e Samsung.
Mesmo com essa concorrência, os resultados da Apple continuam a impressionar os especialistas. Suas receitas e lucros decorrem da lealdade dos seus clientes. Mesmo diante da pandemia provocada pelo Covid-19, a empresa continuou a crescer.
Atualmente, as ações APPL34 estão cotadas em alta, no valor aproximado de 128,00 dólares pela bolsa de Nasdaq.
Dividendos da Apple
Desde a sua abertura de capital em 1980, as ações da Apple pagaram dividendos até 1996. Entre 1996 até 2013, a empresa ficou sem pagar dividendos para os seus acionistas.
Em 2017, Apple se tornou a maior pagadora de dividendos do mundo. Confira abaixo o pagamento de dividendos da Apple dos últimos anos:
Ano | Mês | Valor por ação (US$) |
2021 | Maio | 0,22 |
2021 | Fevereiro | 0,2 |
2020 | Novembro | 0,2 |
2020 | Agosto | 0,82 |
2020 | Maio | 0,82 |
2020 | Fevereiro | 0,77 |
2019 | Novembro | 0,77 |
2019 | Agosto | 0,77 |
2019 | Maio | 0,77 |
2019 | Fevereiro | 0,73 |
2018 | Novembro | 0,73 |
2018 | Agosto | 0,73 |
2018 | Maio | 0,73 |
2018 | Fevereiro | 0,63 |
2017 | Novembro | 0,63 |
2017 | Agosto | 0,63 |
2017 | Maio | 0,63 |
2017 | Fevereiro | 0,57 |
2016 | Novembro | 0,57 |
2016 | Agosto | 0,57 |
2016 | Maio | 0,57 |
2016 | Fevereiro | 0,52 |
2015 | Novembro | 0,52 |
2015 | Agosto | 0,52 |
2015 | Maio | 0,52 |
2015 | Fevereiro | 0,47 |
2014 | Novembro | 0,47 |
2014 | Agosto | 0,47 |
2014 | Maio | 3,29 |
Como investir nas ações da Apple
As ações da Apple são encontradas em duas bolsas de valores: a bolsa americana Nasdaq, sob o código AAPL; e na bolsa brasileira – B3, na forma de BDRs, com o código AAPL34.
Na Nasdaq
Para o investidor que deseja aplicar diretamente na Nasdaq, precisa abrir uma conta numa instituição financeira internacional. Muitas já estão disponíveis em plataformas e é possível abrir a conta online e enviar os documentos.
O envio do dinheiro para uma conta internacional deve ser feita por uma corretora de câmbio ou bancos autorizados pelo Banco Central.
Nesse caso, há cobrança de IOF. A alíquota é de 1,1% sobre o valor da remessa. Há também cobrança de Imposto de Renda feito mensalmente por meio do Darf – Documento de arrecadação de receitas federais. Para aplicações de pessoas físicas nos Estados Unidos, as alíquotas são as seguintes:
- 15% sobre lucro para investimentos de até 5 milhões de reais.
- 22,5% para valores acima de 30 milhões.
É importante levar em consideração a variação cambial.
Na B3
Para investir nas ações da Apple pela bolsa de valores brasileira, o investidor deve abrir uma conta investimento em corretoras ou bancos credenciados pela B3. Atualmente, há 80 autorizadas.
No Brasil, o investidor compra BDRs da Apple. Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são certificados emitidos que representam ações de empresas localizadas no exterior, mas negociadas no pregão local. A instituição financeira é responsável pelo funcionamento e emissão dos BDRs no Brasil.
Atualmente, há disponíveis quase 200 BDRs na B3, sendo que os da Apple são um dos mais negociados, perdendo apenas para os BDRs da Google e da Amazon.
Ao adquirir BDRs da Apple (APPL34), o investidor pagará algumas taxas, como:
- Taxas de corretagem – tarifa cobrada em cada venda ou compra de ações
- ISS
- Imposto de Renda sobre lucros.
As ações da Apple são recomendadas para investidores moderados e arrojados que desejam diversificar seus investimentos. É claro que os riscos de investir nas ações da Apple são os mesmos do que qualquer outra ação negociada nas bolsas de valores: volatilidade do mercado, risco cambial e resultados negativos da empresa.
Vale a pena investir na Apple?
O rendimento da Apple em 2020 foi histórico. A empresa busca inovar no mercado ainda mais. Atualmente, ela busca parceria para a produção do Apple Car. Considerada a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo, as ações da Apple são essenciais na carteira de qualquer investidor.
Mesmo com a pandemia do Covid-19, a empresa continuou a crescer. É possível elencar 4 fatores para comprar ações da Apple:
- Forte fidelização de seus clientes – um cliente da Apple dificilmente troca a marca por outra;
- Setor de tecnologia em evolução – A empresa inova a cada ano para atender às necessidades do seu cliente.
- Estratégias de marketing – Uma das bases de sucesso da empresa é a sua elevada capacidade de comunicação.
- Lojas online e física – Essa diversificação permite que os custos dos produtos sejam relativamente baixos.
Além disso, os resultados financeiros são espetaculares, permitindo que a empresa pague dividendos quatro vezes ao ano. Isso é “música” para os ouvidos dos investidores.