Economia

PIB sobe 2,9% em 2022 e recua 0,2% no 4º trimestre, mostra IBGE

A maior influência para o crescimento do PIB em 2022 foi a alta nos Serviços, de 4,2%

Data de publicação:02/03/2023 às 12:57 - Atualizado um ano atrás
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O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou queda de 0,2% no quarto trimestre de 2022. Com isso, o crescimento do País no ano passado foi de 2,9%, em R$ 9,9 trilhões. 

Já o PIB per capita alcançou R$ 46.155 no ano passado, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação ao ano anterior. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado hoje (2), pelo IBGE.

 O crescimento do PIB brasileiro em 2022 foi de 2,9%, em R$ 9,9 trilhões  - FOTO: Reprodução

A maior influência para o crescimento do PIB em 2022 foi a alta nos Serviços, de 4,2%, e na Indústria, de 1,6%. Juntos, esses dois setores representam 90% do indicador. Já a Agropecuária recuou 1,7% em 2022.

Renan Suehasu, planejador financeiro CFP e sócio da A7 Capital, afirmou que a queda no setor agropecuário pode estar relacionada ao resultado das eleições. “Acredito que isso pode ter tido impactado nos investimentos desse setor”, diz. 

Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, analisa que o setor de Serviços, além de ser o de maior peso, foi o que mais cresceu, o que demonstra sua importância da sua contribuição na economia do período.

“As duas atividades que mais chamam atenção estão entre as que mais cresceram em 2021, após as quedas de 2020: Transportes e Outros Serviços, que inclui categorias de serviços pessoais e serviços profissionais. Foi uma continuação da retomada da demanda pelos serviços após a pandemia de Covid-19. Em outros serviços, podemos destacar setores ligados ao turismo, como serviços de alimentação, serviços de alojamento e aluguel de carros”, explica Palis.

Na Indústria, o maior destaque foi a atividade Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, com alta de 10,1%, que teve bandeiras tarifárias mais favoráveis em 2022.

Já as Indústrias de Transformação apresentaram variação negativa de 0,3%, principalmente pela queda na fabricação de produtos de metal; móveis; produtos de madeira e de borracha e plástico, enquanto as Indústrias Extrativas caíram 1,7%.

“Destaque positivo ficou para as exportações, com crescimento de 5,5% favorecido por conta de um dólar muito forte e para o setor de serviços, com crescimento de 4,2%, puxado pelo segmento de transporte (8,4%) comunicação (5,4%). Outro aumento significativo foi do consumo das familias (4,3%), que foi um setor que se beneficiou nos últimos meses com os incentivos e benefícios do governo.”
Renan Suehasu, planejador financeiro CFP e sócio da A7 Capital

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Sobre o autor
Mari GalvãoRepórter de economia na Mais Retorno