Economia

Petrobras nega redução no preço dos combustíveis, após fala de Bolsonaro

Ações da petroleira não foram impactadas pela declaração do presidente e seguem em alta

Data de publicação:06/12/2021 às 12:03 - Atualizado 2 anos atrás
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A Petrobras esclareceu nesta segunda-feira, 6, após notícias veiculadas na imprensa a respeito de expectativa de novos reajustes nos preços de combustíveis, que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes. A declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre a redução do preço dos combustíveis não impactou nas ações da Petrobras, que operam em alta na Bolsa.

 "A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato da volatilidade externa e da taxa de câmbio causada por eventos conjunturais", afirma a estatal em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Petrobras emite comunicado negando a redução no preço dos combustíveis, contrariando afirmação do presidente Jair Bolsonaro a respeito do assunto - Foto: Roberto Parizotti

Segundo reportagem do Poder360, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que a Petrobras começará a partir desta semana a anunciar a diminuição no preço dos combustíveis.

A Petrobras diz que monitora continuamente os mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, a análise diária do comportamento de nossos preços relativamente às cotações internacionais. "A Petrobras não antecipa decisões de reajuste e reforça que não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado", afirma.

Privatização

A declaração foi feita por Bolsonaro após ele criticar o aumento nos preços e falar até em privatizar a estatal. "A Petrobras começa nesta semana a anunciar redução no preço do combustível", afirmou Bolsonaro.

De acordo com a reportagem do portal, o presidente não deu detalhes sobre o porcentual de redução, mas declarou que a queda deve seguir por algumas semanas. Ele ainda vinculou a situação à pressão de prefeitos para que os valores caiam e diminuam o impacto no custo do transporte coletivo, que deve ser reajustado em janeiro.

"O que eu tenho ouvido eles reclamarem é que, com o aumento do combustível, aumenta o preço da passagem. Mas seria bom eles procurarem os governadores", disse ao site.

A possibilidade de redução nos preços foi citada pelo presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, durante audiência pública no Senado no último dia 23. Pressionado por senadores, Silva e Luna afirmou na ocasião que a empresa estava há 30 dias sem reajustar os preços e que analisava se faria uma redução.

Pressionado por prefeitos e congressistas, Bolsonaro tem feito críticas ao aumento nos combustíveis e apontado responsabilidade de governadores, em função da cobrança do ICMS, imposto arrecadado por Estados.

Em algumas ocasiões, o presidente chegou a criticar a política de preços da Petrobras e falou que a empresa "só dá dor de cabeça"./ com Agência Estado

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