Para 2021, inflação sobe de 7,05% para 7,11%; Selic permanece em 7,50%, segundo Focus
Projeções para o IPCA seguem cada vez mais longe da meta do BC para o índice de 5,25% no período
Os economistas do mercado seguem ajustando para cima as estimativas da inflação para 2021. As projeções do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram de 7,05%, na última semana, para 7,11%. Há 30 dias, era de 6,56%. Este é o vigésimo ajuste positivo feito nas expectativas do índice.
Os dados fazem parte do Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 23.
As previsões dos especialistas sobre a inflação seguem cada vez mais afastadas da meta estipulada pelo Banco Central de 5,25%. Para o próximo ano, as expectativas sobre o índice também se mantiveram altistas. De 3,90%, nos últimos sete dias, foi alterada 3,93%, contra 3,80% no mês. E ficou mantida em 3,25% para 2023.
Já a Selic, considerada a taxa básica de juros do País, teve suas projeções mantidas em 7,50%, número da semana anterior. Há 30 dias, era de 7,00%. Para 2022, seguiu o mesmo movimento das estimativas de 2021. E permaneceu em 6,50% para o ano seguinte.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas continuam baixando sensivelmente as expectativas sobre o crescimento do País para 2021. De 5,28%, nos sete dias anteriores, caiu para 5,27%. Há quatro semanas, era de 5,29%.
A mesma trajetória de recuo também marca as projeções do índice para 2022. De 2,04%, divulgado no boletim da semana passada, recuou para 2,00%, contra 2,10% no mês. Em 2023, o PIB deve continuar em 2,50%.
IPCA 5 dias úteis, câmbio e IGP-M
O IPCA de 5 dias úteis, assim como o IPCA, também deve ser mais alto em 2021. De acordo com o Focus, as estimativas subiram de 7,12%, nos últimos sete dias, para 7,18%. Há um mês era de 6,67%.
Em 2022, o índice também deve ser mais elevado, conforme os economistas que participaram do Focus. De 3,87%, no boletim anterior, aumentou para 3,92%.
Os especialistas mantiveram estáveis em R$ 5,10 as expectativas sobre o câmbio para este ano. Nas últimas quatro semanas, a aposta é que a moeda americana valeria R$ 5,09 para o período. Para o ano seguinte, permaneceu em R$ 7,50, contra R$ 7,00 nas últimas quatro semanas. E em R$ 6,50 para 2023.
Já o Índice Geral de Preços Médio (IGP-M), utilizado para medir a inflação do aluguel, também segue mantendo ajustes positivos. De 19,49%, no boletim anterior, subiu para 19,52%. Em 2022, aumentou levemente de 4,87% para 4,88%, ante 4,62% há 30 dias. E continuou no patamar de 4,00% para 2023.