Economia

Nos EUA, Fed aumenta taxa dos Fed Funds em 50 pontos-base, e anuncia redução de compras de ativos

Decisão foi unânime entre os dirigentes para um ajuste mais reforçado das taxas de juros

Data de publicação:04/05/2022 às 04:11 - Atualizado 2 anos atrás
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O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) decidiu elevar a taxa dos Fed Funds em 50 pontos-base, para a faixa entre 0,75% e 1,00% ao ano, em decisão unânime.

O Fed também decidiu elevar a taxa de juros paga sobre balanços de reserva de 0,4% a 0,9%, decisão que entra em vigor a partir da quinta-feira, 5, e a taxa de desconto de 0,50% para 1,00%. Já a taxa sobre crédito primário foi elevada em 50 pontos-base, a 1,0%.

Fed anuncia início da redução de compras de ativos para 1º de junho - Foto: Reprodução

Início de aperto quantitativo em junho

O Fed informou que o limite para reduzir as compras líquidas de títulos atrelados a hipotecas (MBS, na sigla em inglês) será de US$ 17,5 bilhões ao mês e as de Treasuries em US$ 30 bilhões, em um total de US$ 47,5 bilhões, que valerá durante os primeiros três meses.

Após este período, o limite para a redução será de US$ 60 bilhões por mês para Treasuries e US$ 35 bilhões para MBS, em um total de US$ 95 bilhões.

Para garantir uma transição suave, o Comitê pretende desacelerar e, em seguida, interromper o declínio no tamanho do balanço patrimonial quando os saldos das reservas estiverem um pouco acima do nível que considera consistente com reservas amplas, diz o Fed.

"O Comitê está preparado para ajustar qualquer um dos detalhes de sua abordagem para reduzir o tamanho do balanço à luz dos desenvolvimentos econômicos e financeiros", afirma o comunicado com a decisão.

Pandemia e energia entre as causas da inflação

O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) avalia que a inflação nos Estados Unidos continua elevada, refletindo os desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços de energia mais altos e pressões de preços mais amplas, de acordo com comunicado com a decisão de política monetária do banco central.

Na visão dos dirigentes, a invasão da Ucrânia e os eventos relacionados estão criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e provavelmente pesarão sobre a atividade econômica.

Além disso, os bloqueios relacionados à covid-19 na China provavelmente exacerbarão as interrupções na cadeia de suprimentos, avalia.

"O Comitê está altamente atento aos riscos inflacionários", afirma o comunicado.

Com "firmeza adequada na postura política", o Fed espera que a inflação retorne ao seu objetivo, de 2%, e o mercado de trabalho se mantenha forte, indica o documento./Agência Estado

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