No primeiro pregão de 2023, Bolsa opera em forte queda
O dólar avança 1,25%, cotado a R$ 5,34, em dia de liquidez reduzida no mercado
No primeiro dia de negociações de 2023 e início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Bolsa opera com forte queda. Por volta das 10h35, o Ibovespa recua 1,69%, a 107.877 pontos.
A primeira sessão de 2023 no mercado de câmbio deve ser de liquidez mais enxuta por conta do feriado em Nova York, e, por isso, mais sucessível a reações dos investidores ao noticiário local.
Na abertura, a moeda norte-americana apresentou alta de 0,24%, a R$ 5,29 e, pouco antes do início da posse do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, renovou uma sequência de máximas, chegando a R$ 5,3630 (+1,57%) no segmento à vista e a 5,3930 (+1,35%) no futuro com vencimento para fevereiro.
No domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória (MP) que prorroga a desoneração tributária dos combustíveis, que acabaria sábado, 31 de dezembro, mas será estendida por 60 dias.
O assunto já havia sido adiantado pelo futuro presidente da Petrobras, senador Jean Paul Prates, pouco antes da posse presidencial. "Queremos garantir que não haverá nenhum movimento traumático, a não ser que seja necessário, por uma emergência", disse.
Outro ato assinado por Lula ontem foi o que autoriza ministros a retirarem Petrobras, Correios e Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) do processo de desestatização. Durante seu discurso Lula fez questão de reafirmar que o teto de gastos será revogado, mas justificou dizendo que seus governos anteriores nunca foram caracterizados por indisciplina fiscal.
"A fala de Lula sobre seus planos para a economia não deve agradar os investidores", indicam os analistas da LCA Consultores em nota.
Para a LCA, com a MP prorrogando a desoneração dos combustíveis, Haddad aparentemente sofreu sua primeira derrota no governo. "Risco fiscal ficará maior". / Com Agência Estado.
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