Finanças Pessoais

Bolsa cai com resultado fraco do varejo aqui no Brasil e alta dos juros lá fora

O mercado financeiro encerrou a semana mais calmo, após a agitação que marcou a largada. Um fechamento que combinou com um dia de volume menor de…

Data de publicação:12/03/2021 às 09:41 - Atualizado 4 anos atrás
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O mercado financeiro encerrou a semana mais calmo, após a agitação que marcou a largada. Um fechamento que combinou com um dia de volume menor de negócios e baixa volatilidade

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou o pregão com queda de 0,72%, em 114.160,39 pontos. Os investidores aproveitaram o dia para vender ações e embolsar lucros. Ganhos obtidos com a alta acumulada de 3,95%, entre segunda-feira, dia da forte queda, e quinta.

Ibovespa fechou em alta ontem e dólar seguiu em baixa

A aprovação do pacote de estímulos fiscais nos EUA e a finalização da PEC Emergencial no Brasil foram outro fator que estimulou a realização de lucros, avalia Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos. “O mercado vinha trabalhando atento ao andamento do pacote americano e da PEC.”

O destaque foi o desempenho negativo das ações do setor de varejo. Uma reação aos dados divulgados pelo IBGE que apontaram queda de 0,2% nas vendas a varejo em janeiro. Analistas esperavam estabilidade em relação a dezembro, que também foi negativo.

A B3 acumulou desvalorização de 0,90% na semana. A alta no mês está em  3,75%, mas no ano a bolsa carrega uma perda de 4,08%.

O dólar inverteu a trajetória dos últimos dias e subiu 0,30%, para R$ 5,56, mesmo com novo leilão de swap cambial. O Banco Central ofertou um lote de US$ 750 milhões de títulos que asseguram a compra futura de dólar.

O terceiro leilão seguido ajudou a conter a alta do dólar e assegurou ao real um lugar dentre as que menos desvalorizaram dentre as moedas de emergentes. O rand, moeda da África do Sul, recuou 0,9% e o peso mexicano, 0,7%, em um dia que o dólar esteve mais forte no mercado internacional.

O dólar no mercado doméstico acumulou queda de 2,11% na semana, pressionado pelos leilões de swap cambial. No mês, a moeda americana recua 0,71%, mas no ano sobe 7,13%, até agora.

Lá fora, os futuros dos principais índices americanos viraram para o negativo no início desta manhã, após fechar em alta na quinta-feira, por conta de os títulos da dívida americana voltarem a virar motivo de preocupação dos americanos – a alta de juros do Treasures, que atingiu 1,6%.

Às 6h05, o índice Dow Jones registrou baixa de 0,17%. Já o Nasdaq entrou no vermelho, com queda de 1,60%, após a Bloomberg anunciar que Pequim está expandindo a repressão estatal contra a Tencent Holdings Ltd. E S&P500 encolheu 0,54%.

Nova alta na Ásia

Mais um dia de alta nas bolsas da Ásia nesta sexta-feira, 12, reflexo do pacote de incentivos fiscais americano e da iniciativa do Banco Central Europeu de agir para garantir condições financeiras favoráveis.

O índice acionário japonês Nikkei fechou no azul, a 1,73% em Tóquio hoje, a 29.717,83 pontos. O sul-coreano Kospi subiu 1,35% em Seul, a 3.054,39 pontos. E o Taiex aumentou 0,47% em Taiwan, a 16.255,18 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto teve alta de 0,47%, a 3.453,08 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto garantiu um ganho tímido de 0,17%, a 2.220,26 pontos.

O único movimento contrário na Ásia foi o Hang Seng, que teve queda significativa de 2,20% em Hong Kong, a 28.739,72 pontos, em parte influenciado pelas ações da Tencent (-4,41%) e da Meituan (-3,37%).

Já a bolsa australiana seguiu o movimento geral da Ásia. O S&P/ASX 200 subiu 0,79% em Sydney, a 6.766,80 pontos.

Sobre o autor
Tom MorookaColaborador do Portal Mais Retorno.