Mercado ao vivo: acompanhe as movimentações da Bolsa e do dólar nesta segunda-feira, 20 de junho
Entre as maiores preocupações dos investidores no dia, estão Petrobras e juros
Em dia de liquidez reduzida nos mercados globais devido a um feriado nacional nos Estados Unidos, a Bolsa de Valores brasileira, a B3, opera entre perdas e ganhos na manhã desta segunda-feira, 20. Às 13h, o Ibovespa estava positivo em 0,50% aos 100.324, depois de ter caido 0,64% mais cedo, com as tensões entre governo e Petrobras, além das pressões de alta dos juros. O dólar recuava 0,01%, cotado a R$ 5,14.
Nesta manhã, José Mauro Coelho pediu demissão da presidência da Petrobras, após pressões do presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Na sexta-feira, a petroleira anunciou mais um reajuste nos preços dos combustíveis, o que não foi bem recebido pelo governo. Depois do anúncio, as negociações com as ações da petroleira, que caíam 2,20%, foram suspensas.
Analistas do BTG Pactual afirmam que, dentre as tensões, se destaca o fato de que Bolsonaro disse, no fim de semana, que pediu a abertura de uma CPI contra a estatal. Além disso, Lira deve realizar hoje uma reunião com líderes de partidos sobre a empresa. O deputado já mencionou que quer discutir a taxação dos lucros da Petrobras. Especialistas temem uma interferência na política de preços da petroleira.
Entre as empresas que também contribuem para a queda da Bolsa hoje, destaque para aqueles setores ligados ao consumo doméstico, como o varejo. Essas companhias tendem a sentir um maior impacto quando os juros são elevados (atualmente, a taxa Selic está em 13,25% ao ano), já que isso encarece os processos de tomada de crédito e financiamento, reduzindo o consumo das famílias.
Em contrapartida, os bancos estão entre as maiores altas do dia, segurando o Ibovespa de uma queda mais acentuada - o financeiro é o setor com maior peso na composição do índice. Com taxas de juros mais altas, as instituições conseguem lucrar mais nos produtos e serviços oferecidos aos consumidores.
O dia na Bolsa
Maiores altas da Bolsa
Empresa | Código | Variação |
Magalu | MGLU3 | +7,56% |
Weg | WEGE3 | +6,22% |
Eletrobras | ELET3 | +4,06% |
Eletrobras | ELET6 | +3,87% |
Itaú | ITUB4 | +3,71% |
Maiores baixas da Bolsa
Empresa | Código | Variação |
Grupo Natura | NTCO3 | -5,47% |
Pão de Açúcar | PCAR3 | -4,64% |
CVC | CVCB3 | -4,25% |
CSN Mineração | CMIN3 | -3,98% |
TOTVS | TOTS3 | -2,58% |
Mercados internacionais
Os mercados americanos não funcionam nesta segunda-feira devido a um feriado nacional. Entretanto, as preocupações com a economia dos Estados Unidos seguem afetando os principais índices acionários globais. De acordo com projeções do Bank of America, o país tem 40% de chances de enfrentar uma recessão econômica no próximo ano.
Essa cautela, somada ao fato de que o banco central chinês decidiu deixar suas principais taxas de juros inalteradas, numa tentativa de impulsionar a economia do país, impactada pelas medidas de tolerância zero contra a covid-19, levaram as bolsas asiática a fecharem majoritariamente em baixa neste pregão.
China e Japão vêm mantendo estímulos monetários para sustentar suas economias, ao contrário dos EUA, que estão elevando juros para tentar conter o avanço da inflação doméstica, que está nos maiores níveis em cerca de quatro décadas.
Apesar da cautela ser predominante, na Europa as bolsas operam majoritariamente em alta, em um movimento de leve recuperação das perdas das últimas semanas.
Desempenho das bolsas europeias
- Stoxx 600 (Europa): alta de 0,73%
- FTSE 100 (Inglaterra): alta de 1,31%
- DAX (Alemanha): alta de 0,85%
- CAC 40 (França): alta de 0,21%
Dados atualizados às 11h46
Fechamento das bolsas asiáticas
- Xangai Composto (China): baixa de 0,04%
- Shenzhen Composto (China): alta de 1,27%
- Hang Seng (Hong Kong): alta de 0,42%
- Nikkei (Japão): baixa de 0,74%
- Kospi (Coréia do Sul): baixa de 2,04%
- Taiex (Taiwan): baixa de 1,75%
Com Agência Estado