Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta quinta-feira, 2
Investidores repercutem PIB no Brasil, emprego nos EUA e estão de olho na reunião da Opep+
Após fechar praticamente no zero a zero no dia anterior, a Bolsa opera em alta nesta quinta-feira, 2, impulsionada pelo apetite ao risco nos EUA. Por aqui, os investidores repercutem o crescimento do País no primeiro trimestre de 2022.
O Ibovespa subia 0,97%, aos 112.434 pontos, às 14h16, e o dólar recuava 0,51%, cotado a R$ 4,780.
A busca pela alta da B3 é impulsionada pela valorização de mais de 1% das ações da Vale, seguida pelas demais gigantes siderúrgicas.
PIB brasileiro sobe 1,0% no 1TRI22
Durante a manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) subiu 1% no primeiro trimestre de 2022. Se comparado com o mesmo período de 2021, o avanço foi de 1,7%.
A principal influência positiva para a alta do indicador entre janeiro e março foram as Exportações de Bens e Serviços, que subiram 5,0% no período. Houve elevação também em Serviços, que avançaram 1,0% no primeiro trimestre.
Para Fernanda Consorte, economista chefe do banco Ourinvest, o número veio bom, mas ligeiramente abaixo do esperado. “Olhando para frente, se não tivéssemos nenhuma variação até o final do ano, o PIB cresceria 1,5% - é o que chamamos de carry over”.
Segundo a especialista, o primeiro trimestre do ano sugeriu resiliência da economia, sobretudo no setor de serviços, o que tem ainda pressionou inflação.
“Porém, à frente a inflação deve começar a responder também ao aumento de juros e devemos ver uma desaceleração do índice. Essa combinação mostra que o ciclo de aumento de juros no Brasil está perto do fim”.
Fernanda Consorte, do banco Ourinvest
Sobe e desce da Bolsa
Maiores altas
Positivo (POSI3) | +10,67% |
CSN Mineração (CMIN3) | +9,28% |
Petz (PETZ3) | +8,38% |
Locaweb (LWSA3) | +5,97% |
Embraer (EMBR3) | +5,53% |
Maiores baixas
Irb Brasil (IRBR3) | -3,00% |
Eneva (ENEV3) | -2,48% |
Localiza (RENT3) | -1,46% |
Hypera (HYPE3) | -1,27% |
Unidas (LCAM3) | -1,30% |
Juros futuros
Os juros futuros médios e longo seguem em alta nesta quinta-feira. Por volta das 14h30 a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subia a 12,39%, de 12,32% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 ia para 12,52%, de 12,45%, e o para janeiro de 2023 estava estável em 13,45%.
Mercado internacional
Wall Street: bolsas no positivo
Em Nova York, as bolsas operam em alta nesta quinta-feira. Por lá, os investidores repercutindo os últimos dados do mercado de trabalho americano.
Segundo informações do Departamento do Trabalho publicadas nesta quinta-feira, o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu 11 mil solicitações na semana encerrada em 28 de maio, somando 200 mil.
O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam 210 mil solicitações.
Os números ganham ainda mais relevância pois os investidores aguardam o resultado do payroll de maio, que será divulgado nesta sexta-feira, 3.
Bolsas americanas/principais índices
- S&P 500: +1,22%
- Dow Jones: +0,62%
- Nasdaq 100: -+2,06% (dados atualizados às 14h37)
Europa: principais índices fecharam no azul
Na Velha Economia, as bolsas fecharam em alta, com os investidores também reagindo a novos dados econômicos do bloco.
Segundo a Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro saltou 37,2% em abril ante igual mês do ano passado.
Apesar do avanço, o número veio abaixo das projeções do mercado, que previam alta de 38,6%.
Também no foco do mercado esteve a reunião mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que pode decidir aumentar sua cota de produção para julho.
De acordo com o analista da City Index Matt Simpson, em comentários à Reuters, um aumento da oferta pode "relaxar parte dos temores inflacionários, mesmo que ainda haja muito mais trabalho a fazer para combater" a alta nos preços.
Bolsas europeias/fechamento
- Stoxx 600 (Europa): +0,57% (441,24 pontos)
- DAX (Frankfurt): +1,01% (14.485 pontos)
- FTSE 100 (Londres): -0,98% (7.532 pontos)
- CAC 40 (Paris): +1,27% (6.500 pontos)
Ásia: mercados fecham em baixa, com exceção da China
Os mercados acionários asiáticos fecharam quase todos em baixa nesta quinta-feira, na esteira do recuo das bolsas de Nova York na véspera, em sessão na qual os negócios foram contaminados por temores de que a inflação e o aperto monetário global segurem o crescimento econômico das principais potências econômicas mundiais. Somente os mercados da China terminaram o dia em alta.
O índice acionário Xangai Composto avançou 0,42%, a 3.195 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 0,69%, a 2.026 pontos.
Em outras praças asiáticas, o Nikkei, de Tóquio, registrou queda de 0,16%, aos 27.413 pontos, o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 1,00%, aos 21.082 pontos, enquanto o Taiex teve baixa de 0,73% em Taiwan, aos 16.552 pontos.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi também cedeu 1,00%, aos 2.658,99, no dia seguinte a um feriado local que manteve a bolsa fechada.
Único dentre os principais mercados asiáticos a não ser contaminado pelo mau humor em Nova York, as bolsas chinesas subiram em meio ao processo de reabertura da economia local, após meses de lockdown em Xangai, e após a Fitch reafirmar o rating soberano de longo prazo do país em 'A+' e manter a perspectiva estável.
Segundo a agência, "finanças externas robustas, um histórico de desempenho macroeconômico resiliente e o tamanho" da segunda maior economia global puxam a classificação.
Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 fechou em baixa de 0,80%, aos 7.175 pontos, em linha com o movimento de seus pares asiáticos. / com Agência Estado