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Mercado Financeiro

Mercado americano: como analisar e investir em Bonds?

Data de publicação:10/07/2024 às 00:21 -
Atualizado 2 meses atrás
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É bem provável que você já tenha escutado falar sobre a importância de diversificar a sua carteira de investimentos, não é mesmo? E uma das formas mais conhecidas de aplicar essa estratégia é buscar investimentos fora do Brasil, tentando ao menos “dolarizar” o seu portfólio.

Quando pensamos nessa prática, é comum olhar para os Estados Unidos, pela sua potência econômica, e ainda mais nos ativos de renda variável, em especial para as ações americanas. Contudo, você sabia que também pode investir em renda fixa por lá?

Pois é! No artigo de hoje, você vai conhecer os títulos americanos de renda fixa, como investir neles e, claro, algumas dicas para analisar e escolher as melhores opções para os seus próprios objetivos financeiros. Vamos lá!

Bonds: o que são os títulos americanos?

Nos Estados Unidos, o que conhecemos por aqui como “títulos de renda fixa” são chamados de Bonds por lá. Na prática, entretanto, o contexto é muito parecido.

Os Bonds, afinal, nada mais são do que títulos de dívida emitidos pelo governo ou pelas empresas privadas com o objetivo de arrecadar capital e financiar as suas atividades. Para isso, eles oferecem aos seus investidores, responsáveis pelo empréstimo de capital, o pagamento de juros em data futura.

De um modo geral, assim como acontece no Brasil, os Bonds americanos podem ser considerados como um investimento de baixo risco. No entanto, isso vai depender também de diversos fatores como o risco de crédito da empresa emissora do papel ou mesmo o prazo pelo qual o dinheiro ficará investido.

Quais são os tipos de Bonds que eu posso investir?

Se no Brasil dividimos os títulos de renda fixa em três grandes categorias — a saber, títulos públicos (emitidos pelo governo), títulos bancários (emitidos por empresas bancárias) e títulos privados (emitidos por empresas não bancárias) —, no exterior também há uma divisão entre os diversos tipos de Bonds existentes.

Abaixo, nós resumimos quais são esses tipos de Bonds, algo que será importante caso você queira investir nessa classe de ativos.

Treasuries Bonds

Treasuries Bonds são os títulos emitidos pelo governo dos Estados Unidos para financiar os seus projetos e atividades. Eles são similares, embora com algumas diferenças importantes, aos títulos públicos do Brasil (aqueles negociados na plataforma Tesouro Direto).

Os Treasuries Bonds são considerados como investimentos muito seguros, pois estamos “emprestando” dinheiro para o governo com a maior economia global. Ou seja, o risco de um eventual calote aqui é irrisório.

No geral, os prazos de vencimento desse tipo de dívida é longo, próximo a 10 anos, mas existem variações. Há, inclusive, uma classificação dos Treasuries Bonds em três grupos, de acordo com o vencimento: Treasury Bills, Treasury Notes e Treasury Bonds.

Corporate Bonds

Já pensando na emissão de títulos de dívida de empresas privadas, eles são classificados como Corporate Bonds. Podem ser comparados às debêntures aqui no Brasil.

Os Corporate Bonds podem ser prefixados ou pós-fixados, mas geralmente oferecem taxas melhores do que os Treasuries Bonds por um motivo óbvio: apresentam maior risco em relação aos títulos do governo. Se as taxas fossem equivalentes, não faria sentido ao investidor assumir esse risco.

Municipal Bonds

Uma variação para os Treasuries Bonds são os títulos emitidos pelos estados, cidades ou províncias americanas. Neste caso, eles são chamados de Municipal Bonds.

Assim como os títulos do governo, os rendimentos não costumam ser tão altos em função do seu baixo risco. Eles podem ainda ser classificados de acordo com o objetivo da dívida como “obrigação legal”, “receita” ou “ligação”.

Outros tipos de Bonds

Além dessas 3 categorias de Bonds que vimos anteriormente, existem também variações mais específicas. Isso acontece porque o mercado financeiro norte-americano é muito forte e, em muitos casos, outros governos e empresas optam por abrir seus títulos de dívida por lá.

Podemos destacar ainda, portanto, os seguintes tipos de Bonds:

  • Emerging Market Bonds: reúnem títulos governamentais, mas emitidos por outros países que não os Estados Unidos — como China, Índia ou Rússia, por exemplo. Os rendimentos costumam ser mais atrativos em relação aos Treasuries.
  • High Yield Bonds: representam títulos de dívida emitidos por empresas com alto risco de crédito. Ou seja, empresas com potencial para não cumprir com o pagamento da dívida. Em contrapartida, oferecem taxas de juros elevadas.
  • Convertible Bonds: por fim, esse grupo representa títulos emitidos por empresas que permitem a conversão para ações da mesma companhia. São similares às debêntures conversíveis no Brasil.

Como investir em Bonds nos Estados Unidos?

Agora que você já conhece os diversos títulos de dívida, como investir neles morando no Brasil? Existem algumas opções:

  • ETFs: os Exchange Traded Funds são fundos negociados na bolsa de valores brasileira replicando algum índice. Atualmente, são duas opções que investem em títulos de renda fixa no exterior: BNDX11 e USDB11.
  • Fundos globais: no mercado tradicional, há também alguns fundos de investimentos que possuem em seu mandato autorização para investir fora do Brasil. Eles podem acessar os Bonds na composição do seu portfólio, contudo não é possível acessar a carteira em tempo real.
  • Corretoras globais: por fim, o que talvez seria até o melhor caminho, você pode ter uma conta em uma corretora internacional. Elas permitem, mesmo morando no Brasil, acesso ao mercado financeiro de fora do nosso país. Assim, torna-se possível investir diretamente nos próprios Bonds.

Veja, portanto, que hoje em dia não é difícil adicionar os Bonds dos Estados Unidos na sua carteira de investimentos. Existem opções “caseiras”, utilizando a própria bolsa de valores do Brasil, como também alternativas modernas para chegar até o mercado financeiro internacional.

Por que investir em Bonds?

Outra dúvida comum quando o assunto são os títulos de investimento no exterior fica por conta dos benefícios oferecidos por essa classe de ativos.

O primeiro motivo é a diversificação. Ao investir apenas em ativos brasileiros, você acaba exposto ao nosso próprio país — o que se chama de “risco Brasil” dentro do mercado financeiro. Ao adicionar investimentos internacionais, os problemas do nosso cotidiano possuem menor impacto sobre o seu patrimônio.

Há também a segurança. Investir em Treasuries, por exemplo, representa emprestar dinheiro para o governo com maior nível de confiança em termos de crédito. Ou seja, o risco é o menor do mundo, possivelmente, para o seu capital.

Como analisar e escolher Bonds para investir?

Por fim, como escolher um título para investir lá fora, especialmente considerando a menor proximidade com o mercado?

Em primeiro lugar, é importante compreender qual é a sua expectativa com esse tipo de investimento. De um modo geral, os investidores brasileiros que buscam Bonds querem duas coisas: maior segurança e diversificação de patrimônio.

Neste sentido, vale mais a pena focar em títulos mais seguros, como Treasuries, do que buscar empresas de maior risco em um mercado menor conhecido. Você pode deixar para buscar “apimentar” a sua carteira com ativos brasileiros, por exemplo.

Com base nisso, é possível pensar também no prazo do investimento e, principalmente, se há possibilidade de resgate antecipado. Em muitos casos, os Bonds possuem prazos longos. Saiba se esse dinheiro pode ser alocado por tantos dias ou se pode precisar do capital antes.

Lembre-se ainda de comparar diferentes títulos antes de escolher algum para realizar um aporte. Se duas empresas oferecem taxas similares em seus títulos, mas uma tem um melhor perfil de crédito, pode ser mais interessante garantir essa relação benéfica entre risco e retorno.

Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.

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