IGP-M sobe 4,10% em maio e tem maior taxa desde o Plano Real, segundo FGV
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) inflação do aluguel, subiu 4,10% em maio, ante 1,51% em abril. Com a alta, o índice acumula elevação de 14,39%…
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) inflação do aluguel, subiu 4,10% em maio, ante 1,51% em abril. Com a alta, o índice acumula elevação de 14,39% no ano e 37,04% em 12 meses. O índice é o segundo mais alto obtido até o momento, ficando atrás somente da taxa de setembro de 2020, com elevação de 4,34%. É a maior taxa obtida desde o Plano Real.
Em maio do ano passado, o índice havia subido 0,28% e somava alta de 6,51% nos 12 meses. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 28.
Segundo o coordenador de Índices de Preços do Ibre, André Braz, os preços de commodities importantes, como minério de ferro, cana-de-açúcar e milho, voltaram a pressionar a inflação ao produtor.
“Em maio, o IPA avançou 5,23%, sob forte influência dos aumentos registrados para minério de ferro (de -1,23% para 20,64%), cana-de-açúcar (de 3,43% para 18,65%) e milho (de 8,70% para 10,48%). Essas três commodities responderam por 62,9% do resultado do IPA, cuja taxa foi de 5,23%”, afirma Braz.
Produtor Amplo
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 5,23% em maio, ante 1,84% em abril. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 1,59% em maio. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 1,11%.
A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 2,03% para 2,98%, no mesmo período.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 3,16% em abril para 2,59% em maio. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 5,08% para 0,06%.
O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 10,15% em maio, após variar 1,28% em abril. Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-1,23% para 20,64%), cana-de-açúcar (3,43% para 18,65%) e soja em grão (1,23% para 3,74%). Em sentido oposto, destacam-se os itens bovinos (3,09% para 0,41%), leite in natura (2,08% para 1,24%) e laranja (-1,78% para -4,16%).
Consumidor
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,61% em maio, ante 0,44% em abril. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação.
A principal contribuição partiu do grupo Habitação (0,39% para 1,16%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 0,06% em abril para 4,38% em maio.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Vestuário (-0,03% para 0,45%), Educação, Leitura e Recreação (-0,76% para -0,59%), Alimentação (0,19% para 0,31%) e Comunicação (0,36% para 0,67%).
Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: roupas (0,01% para 0,57%), boneca (-0,30% para 1,40%), hortaliças e legumes (-4,29% para 0,43%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,72% para 1,35%).
Em contrapartida, os grupos Transportes (1,03% para 0,75%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,99% para 0,89%) e Despesas Diversas (0,37% para 0,19%) registraram decréscimo em suas taxas de variação.
Nestas classes de despesa, destacam-se os seguintes itens: gasolina (3,03% para 1,03%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,33% para 0,09%) e serviços bancários (0,36% para 0,10%).
Construção
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,80% em maio, ante 0,95% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de abril para maio: Materiais e Equipamentos (2,17% para 2,93%), Serviços (0,52% para 0,95%) e Mão de Obra (0,01% para 0,99%).