IGP-DI sobe 2,01% em janeiro e acumula alta de 16,71% em 12 meses, diz FGV
Segundo a fundação, os preços das commodities e combustíveis seguem e aceleração e puxam a inflação do produtor para cima
O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 2,01% em janeiro, após elevação de 1,25% em dezembro de 2021, informou nesta segunda-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O resultado do indicador ficou próximo do teto estimativas dos analistas, que iam de 1,44% a avanço de 2,07%, superando a mediana de 1,75%. Com o resultado de janeiro, o IGP-DI acumulou avanço de 16,71% em 12 meses.
“Commodities e combustíveis seguem em aceleração e fazem o índice ao produtor subir 2,57% em janeiro. Apesar da desaceleração registrada no preço do minério de ferro (de 17,62% para 11,33%) ele continua respondendo por parte expressiva do resultado do IPA, 30%. Além da contribuição do minério, soja (de 0,89% para 5,55%), milho (de -0,02% para 8,40%) e diesel (de 0% para 5,13%) também registraram aumentos e contribuíram para a elevação da inflação medida pelo IGP-DI”.
André Braz, coordenador de Índice de Preços do Ibre/FGV
Varejo, atacado e construção civil
A FGV informou ainda o desempenho dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, subiu 2,57% em janeiro ante uma alta de 1,54% em dezembro.
O principal responsável por este avanço foram os combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -1,56% para 0,94%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,01% em janeiro, contra 0,43% em dezembro.
O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, avançou a 0,49% este mês, após 0,57% em dezembro. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,71% em janeiro, depois da alta de 0,35% no mês anterior.
O período de coleta de preços para o IGP-DI de janeiro foi do dia 1º ao dia 31 do mês. / com Agência Estado