IGP-DI acelera 0,69% em maio e, no ano, tem alta acumulada de 7,17%, afirma FGV
O período de coleta de preços para o índice de maio foi do dia 1º ao dia 31 do mês
O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,69% em maio, após uma elevação de 0,41% em abril, divulgou nesta quarta-feira, 8, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou dentro do intervalo das previsões do mercado financeiro, que estimavam uma alta desde 0,28% a 0,95%, com mediana positiva de 0,85%.
Com os números do último mês, o IGP-DI - índice que tem como objetivo medir a inflação em toda a cadeira produtiva do País - acumulou uma elevação de 7,17% no ano. Em 12 meses, houve aumento de 10,56%. O período de coleta de preços para o índice de maio foi do dia 1º ao dia 31 do mês.
Componentes do IGP-DI
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI:
- Índice de Preços ao Produto Amplo (IPA-DI), que representa o atacado, subiu 0,55% em maio, ante alta de 0,19% em abril;
- Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que apura a elevação de preços no varejo, subiu 0,50% em maio, ante alta de 1,08% em abril;
- Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), que mensura o impacto de preços na construção, subiu 2,28% em maio, antes alta de 0,95% em abril.
Preços no atacado
Os preços dos produtos agropecuários no atacado mensurados pelo IPA Agrícola subiram 0,68% em maio, depois de uma queda de 2,34% em abril, dentro do IGP-DI. Já os produtos industriais, medidos pelo IPA Industrial, avançaram 0,50% em maio, ante alta de 1,24% em abril.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 0,03% em maio, ante um avanço de 2,01% em abril.
Os preços dos bens intermediários subiram 1,46% em maio, depois de aumentarem 1,80% em abril. Os preços das matérias-primas brutas registraram elevação de 0,04% em maio, após uma queda de 2,96% em abril.
Preços ao consumidor
A queda de 9,34% na tarifa de eletricidade residencial ajudou a conter a inflação ao consumidor dentro do IGP-DI de maio. Dentro do IPC-DI, seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas, enquanto outras duas tiveram variação positiva.
- Alimentação: desacelerou de 1,58% em abril para 0,45% em maio;
- Transportes: desacelerou de 2,13% em abril para 1,02% em maio;
- Habitação: desacelerou de -0,69% em abril para -1,37% em maio;
- Saúde e Cuidados Pessoais: desacelerou e 1,14% em abril para 0,87% em maio;
- Comunicação: desacelerou de -0,02% em abril para -0,14% em maio;
- Vestuário: desacelerou de 1,26% em abril para 1,21% em maio;
- Educação, Leitura e Recreação: acelerou de 2,51% em abril para 3,12% em maio;
- Despesas Diversas: acelerou de 0,70% em abril para 0,91% em maio.
Destaques entre os itens que compõem o IPC-DI em maio
Item | Variação em abril | Variação em maio |
Hortaliças e legumes | +9,10% | -9,06% |
Gasolina | +3,19% | +0,91% |
Tarifa de eletricidade residencial | -6,78% | -9,34% |
Medicamentos em geral | +4,12% | +1,97% |
Tarifa de telefone residencial | +1,12% | -0,05% |
Calçados | +1,63% | +1,03% |
Passagens aéreas | +14,38% | +16,33% |
Tarifa postal | +0,13% | +6,95% |
O núcleo do IPC-DI passou de alta de 0,93% em abril para 0,84% em maio. Dos 85 itens componentes do IPC, 32 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 77,74% em abril para 74,84% em maio.
Preços na construção
A alta no custo tanto da mão de obra quanto dos materiais de construção acelerou a inflação do IGP-DI de maio, informou a FGV. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) passou de um avanço de 0,95% em abril para uma elevação de 2,28% em maio.
O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de uma alta de 1,63% em abril para um aumento de 1,56% em maio. O custo dos Materiais e Equipamentos passou de alta de 1,79% em abril para elevação de 1,72% em maio, enquanto os Serviços saíram de 0,84% para 0,73%.
Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de aumento de 0,21% em abril para um avanço de 3,08% em maio. / Com Agência Estado