IBGE: prévia da inflação, IPCA-15 avança 1,20% em outubro e acumula alta de 10,34% em 12 meses
Foi a maior variação para o mês desde 1995 (1,34%) e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação mensal, subiu 1,20% em outubro, 0,06% acima da taxa de setembro – 1,14%. Em 12 meses, acumula avanço de 10,34%.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 26. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 8,30%. Em outubro de 2020, a taxa foi de 0,94%. Foi a maior variação para o mês desde 1995 (1,34%) e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%).
Segundo o levantamento, houve variações positivas em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. O maior impacto (0,43 p.p.) e a maior variação (2,06%) vieram do grupo Transportes. A segunda maior influência foi de Habitação (1,87% e 0,30 p.p.), acima da registrada no mês anterior (1,55%).
Na sequência, veio Alimentação e bebidas (1,38%), cujo resultado acelerou em relação ao IPCA-15 de setembro (1,27%) e contribuiu com 0,29 p.p. no índice do mês.
Transporte
O maior impacto no grupo dos Transportes (2,06%) veio das passagens aéreas, que subiram 34,35% e contribuíram com 0,16 p.p. para o resultado do mês.
O resultado do grupo foi influenciado também pela alta nos preços dos combustíveis (2,03%). A gasolina subiu 1,85% e acumula 40,44% nos últimos 12 meses. Os demais combustíveis também subiram: etanol (3,20%), óleo diesel (2,89%) e gás veicular (0,36%).
Ainda em Transportes, os automóveis novos (1,64%), usados (1,56%) e as motocicletas (1,27%) seguem em alta.
Habitação
De acordo com o IBGE, no grupo Habitação (1,87%), o destaque novamente é influência da energia elétrica (3,91%), maior impacto individual no índice do mês (0,19 p.p.).
Em outubro, permanece em vigor a bandeira tarifária Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.
Alimentação e bebidas
O resultado do grupo Alimentação e bebidas (1,38%) foi influenciado principalmente pela alimentação no domicílio, que passou de 1,51% em setembro para 1,54% em outubro.
A alimentação fora do domicílio acelerou de 0,69% em setembro para 0,97% em outubro, principalmente por conta do lanche (1,71%), cujos preços haviam recuado 0,46% no mês anterior.
Áreas pesquisadas
Houve altas em todas as áreas pesquisadas, em outubro, de acordo com o instituto. O menor resultado ocorreu em Belém (0,51%) e a maior variação foi registrada em Curitiba (1,58%), com altas da energia elétrica (4,15%) e da gasolina (3,47%).